Wilson Witzel abandona CPI

Wilson Witzel abandona CPI da Covid

O ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel abandona CPI nesta quarta-feira (16) inesperadamente, no meio do interrogatório do senador Eduardo Girão (Podemos-CE).

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Quando Girão citava denúncias de corrupção durante sua gestão, o senador foi interrompido pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), que informou que Witzel, valendo-se do direito garantiu pelo STF (Superior Tribunal Federal) lhe garantiu, de ficar calado ou se ausentar do depoimento.

Girão citava denúncias de superfaturamento na compra de respiradores durante a pandemia e irregularidades na construção de hospitais de campanha.

Pouco antes, Witzel havia discutido asperamente com outro governista, o senador Jorginho Mello (PL-SC). O parlamentar afirmou que o ex-governador, ex-juiz federal, era uma vergonha ao Judiciário brasileiro.

Jorginho disse que Witzel se fazia de santo na comissão, e se dizia perseguido pela Justiça. O ex-governador declarou que no futuro se veria que ele foi vítima de um Ministério Público que inventou fatos para prejudicá-lo. Após a sessão, Witzel afirmou à imprensa que decidiu deixar a CPI da Covid após o início das ofensas feitas pelos senadores governistas.

Os deputados estaduais Luiz Paulo Corrêa da Rocha (Cidadania) e Lucinha (PSDB) pediram ao Tribunal Especial Misto (TEM)para condenar o governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), por crime de responsabilidade. É na Corte que tramita o processo de impeachment do político. Agora, a defesa de Witzel tem 10 dias para apresentar suas alegações finais ao TEM, comandado pelo presidente do Tribunal de Justiça, Henrique Figueira. O governador afastado nega as acusações.

A base do pedido de condenação foram os contratos assinados pelo governo com o Instituto de Atenção Básica de e Avançada de Saúde (IABAS), sem licitação, por R$ 850 milhões para construção e gerência de sete hospitais de campanha. Apenas o do Maracanã funcionou de forma precária, na zona norte. Além de requalificar a Organização Social Unir Saúde.

Ao prestar depoimento no TEM nessa quarta-feira (7/4), frente a frente com Witzel, o ex-secretário de Saúde Edmar Santos, principal delator do esquema de corrupção no Palácio Guanabara, afirmou que alertou ao então governador que a entidade estava impedida de fazer negócio com o Estado. E que a requalificação era “batom na cueca”.

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