Japonês da Federal tenta visitar Lula

Japonês da Federal tenta visitar Lula

Hoje agente aposentado da PF, Nilton Ishii ficou famoso pelas aparições ao lado dos presos mais notáveis da Operação Lava Jato

Famoso pelas aparições ao lado dos presos mais notáveis da Operação Lava Jato, Newton Ishii, o ‘Japonês da Federal’, tentou visitar Lula na prisão, em Curitiba, mas o ex-presidente teria se recusado a recebê-lo. Japonês da Federal tenta visitar Lula.

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Segundo o blog da jornalista Bela Megale, em O Globo, o hoje agente aposentado, embora com livre acesso à superintendência da PF, resolveu ir à cela de Lula. Mas, quando estava na escada, foi orientado a não ir até o líder petista, diz a publicação.

O ex-presidente tinha sido consultado sobre a sua intenção de vê-lo e deixou claro que não queria receber Ishii. Informado, o Japonês deu meia volta e foi embora.

Há três anos, Lula fez uma piada com o nome de Ishii ao ser alvo de uma condução coercitiva, quando abriu a porta de sua casa para a PF. “Cade o japonês?”, perguntou, na ocasião. O agente, contudo, não integrava aquela equipe.

Os processos e investigações envolvendo Luiz Inácio Lula da Silva dizem respeito a acusações dos crimes de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e ocultação de patrimônio envolvendo o ex-presidente. Lula é réu em oito ações penais, algumas das quais estão no âmbito da Operação Lava Jato.

Lula foi condenado em julho de 2017 em primeira instância e em janeiro de 2018 em segunda instância na ação penal no âmbito da Operação Lava Jato, referente ao Triplex do Guarujá. Foi preso posteriormente a pedido da Justiça Federal.

Em 24 de janeiro de 2018, em um julgamento que recebeu atenção internacional, Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado em segunda instância. A sentença foi unânime entre os três desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, em favor de manter a condenação anterior, a qual era 9 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, e ainda ampliar a pena de prisão do ex-presidente por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex em Guarujá (SP). Os desembargadores decidiram ampliar a pena para 12 anos e 1 mês de prisão, com início em regime fechado. As conclusões foram que Lula recebeu suborno de um esquema de corrupção na Petrobras e que esse suborno foi entregue em forma de apartamento. O cumprimento da pena se iniciaria após o esgotamento de recursos que fossem possíveis no âmbito do próprio TRF-4. Mesmo condenado, ele não perdeu imediatamente o direito de se candidatar nas eleições de 2018, tendo esta decisão a ser tomada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até setembro de 2018.