Bolsonaro

Operação da PF investiga suposto esquema de fraude em dados de vacinação envolvendo Bolsonaro e seus auxiliares

O deputado federal Washington Quaquá (PT-RJ) fez duras críticas à operação da Polícia Federal que teve como alvo o presidente Jair Bolsonaro (PL), pedindo que se encerre o “espetáculo” midiático que vem sendo feito em torno da situação. Em suas redes sociais, Quaquá afirmou que, embora acredite que Bolsonaro tenha cometido crimes pelos quais deve ser responsabilizado, é preciso que o devido processo legal seja seguido e que o presidente tenha o direito de defesa.

O deputado ainda mencionou a Operação Lava-Jato e ressaltou a importância da proteção da imagem dos investigados, antes que se esgotem todos os recursos judiciais. Para Quaquá, as ações “espetaculosas e desmoralizantes” realizadas pelo Judiciário e pela Polícia Federal não têm seu apoio, mas sim seu repúdio.

Vale lembrar que Quaquá é uma figura polêmica dentro do Partido dos Trabalhadores, tendo causado mal-estar no partido por suas declarações recentes. No final de 2021, ele chegou a afirmar que a ex-presidente Dilma Rousseff não tinha mais relevância eleitoral, o que gerou críticas internas. Além disso, ele também foi alvo de pedidos de expulsão após ser fotografado ao lado de Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde de Bolsonaro durante a pandemia da Covid-19. No entanto, suas críticas à operação contra Bolsonaro indicam que ele continua mantendo a postura crítica e independente que sempre o caracterizou.

Operação

Na manhã de quarta-feira (3), a Polícia Federal realizou mandados de busca e apreensão na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro em Brasília (DF) por suposto envolvimento em um esquema de fraude em dados de vacinação. Segundo os indícios coletados pela PF, a suposta falsificação tinha como objetivo facilitar a entrada nos Estados Unidos do ex-presidente, de seus familiares, de assessores, além de parentes desses auxiliares, driblando as exigências da imunização obrigatória.

Os advogados de Bolsonaro não se manifestaram sobre o caso. Além do coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, a operação prendeu mais cinco outras pessoas, incluindo um secretário municipal do Governo de Duque de Caxias (RJ), um policial militar que atuou na segurança presidencial e outros militares do Exército.

Segundo a PF, o objetivo do grupo seria “manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas” e “sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a covid-19”. A defesa dos acusados ainda não se pronunciou sobre as acusações. É importante ressaltar que as investigações ainda estão em curso e que todas as pessoas mencionadas têm o direito à presunção de inocência até que se prove o contrário.

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