Polícia

A Polícia de São Paulo identificou manchas de sangue na casa da família encontrada morta dentro de um carro em São Bernardo do Campo. Além da filha do casal e da namorada dela, outras duas pessoas são consideradas suspeitas do crime.

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Na casa, neste condomínio em Santo André, peritos encontraram manchas de sangue na escada, em colchões e em roupas na máquina de lavar.

Os vestígios foram achados com o uso de luminol, uma substância que reage com o ferro presente no sangue e torna visíveis manchas que não aparecem a olho nu.

Os sinais de sangue reforçam a tese da polícia de que ao menos algumas das vítimas foram assassinadas dentro da casa. O carro da família foi encontrado incendiado numa estrada de terra em São Bernardo do Campo, no porta-malas, estavam os corpos do comerciante Romuyuki Gonçalves, da mulher dele, Flaviana Gonçalves, e do filho do casal, Juan Victor, de 15 anos.

Os investigadores suspeitam que a filha mais velha do casal, Ana Flávia, e a companheira dela, Carina Ramos, tenham envolvimento nos crimes.

Policiais afirmam que houve contradições nos depoimentos. As duas estão presas desde quarta-feira e a justiça já autorizou a quebra do sigilo telefônico delas. Ontem, a polícia chegou a afirmar que havia indiciado as duas por triplo homicídio. Neste sábado (1º), disse que elas não foram indiciadas. Um parente contou que o casal assassinado e Carina não tinham boa relação.

“O que existia um descontentamento da família era em relação ao relacionamento com a Carina, entendeu, mas não que eles não aceitavam um relacionamento homossexual. Ele deu um carro pra filha e teve um problema da Carina pegar o carro e pôr no nome dela, teve essa confusão”, disse Diogo Reis, primo da Flaviana. O irmão de Flaviana diz que a sobrinha, Ana Flávia, mudou depois que conheceu Carina.

“Nossas origens não é assim, isso jamais passou pela nossa cabeça, jamais imaginamos ocorrer esse tipo de coisa na família”, falou Flavio de Menezes, irmão da flaviana

Nos depoimentos, Ana Flávia e Carina negam participação no caso. A polícia diz que já identificou dois homens também suspeitos, mas não divulgou os nomes. Uma testemunha contou ter visto um homem na casa na noite em que tudo aconteceu.

No fim da noite, após os depoimentos, as suspeitas deixaram a delegacia sob protestos da avó de Ana Flávia. “Justiça, justiça”.