live de Lula

Planalto quer mudar a narrativa em torno das “live de Lula” em comparação com Bolsonaro.

por Léo de Topó 

O Palácio do Planalto está tentando influenciar os jornalistas a abandonarem o uso da expressão “live de Lula” ao se referirem ao canal de YouTube no qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva realiza conversas com seu entrevistador particular, Marcos Uchoa, ex-TV Globo. Esta ação inusitada por parte do governo petista levanta algumas questões curiosas, especialmente considerando o histórico recente do uso de “lives” na política brasileira.

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A alegação do Planalto, que pede para evitar essa terminologia, é no mínimo intrigante, uma vez que o próprio governo não economiza em mencionar o antecessor de Lula, Jair Bolsonaro, que fez das “lives” uma marca registrada durante seu mandato.

Um dos principais motivos desse incômodo por parte do Planalto é a comparação inevitável entre a modesta audiência das “lives” de Lula e os números impressionantes de visualizações que as transmissões ao vivo de Bolsonaro costumavam alcançar.

Enquanto as “lives” semanais de Lula têm uma média de cerca de 3 mil visualizações, a transmissão ao vivo de Bolsonaro frequentemente ultrapassava a marca do milhão de espectadores. Essa diferença notável de audiência parece ter gerado desconforto no Planalto.

Além disso, o governo não parece estar satisfeito com o fato de que a maioria da audiência das “lives” de Lula é composta por jornalistas. Isso pode ser interpretado como um indício de que o público em geral não tem demonstrado o mesmo nível de interesse nessas transmissões ao vivo em comparação com as do ex-presidente Bolsonaro.

Essa curiosa solicitação do Planalto, em meio a debates políticos acalorados, serve como mais um exemplo do impacto das “lives” nas dinâmicas da política brasileira. Independentemente de como os jornalistas e o público em geral se referem a essas transmissões, uma coisa é certa: as “lives” continuam a ser uma ferramenta poderosa de comunicação e engajamento na política contemporânea.

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