Jovem executada em vídeo em Porto Alegre

Jovem executada em vídeo em Porto Alegre foi vítima de feminicídio, diz polícia

Suspeito de encomendar o crime era namorado dela e está preso na Cadeia Pública, antigo Presídio Central por tráfico de drogas.

Polícia encontrou corpo da jovem na manhã desta quinta-feira (17) na Vila Tamanca, em Porto Alegre (Foto: Polícia Civil/divulgação)

O corpo da jovem Paola Avaly Corrêa, de 18 anos, que teve sua morte gravada em vídeo, foi encontrado na manhã desta quinta-feira (17) na Vila Tamanca, no bairro Lomba do Pinheiro, Zona Leste de Porto Alegre. De acordo com a Polícia Civil, a investigação apontou que Paola foi vítima de feminicídio, e o suspeito de encomendar o crime era namorado dela e está preso na Cadeia Pública – antigo Presídio Central – por tráfico de drogas.

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Segundo a delegada Roberta Bertoldo, a suspeita de que o preso estava envolvido no desaparecimento da companheira surgiu a partir de uma postagem feita pela vítima nas redes sociais na madrugada de domingo.

“A postagem é muito emblemática, denotando que houve uma desavença entre eles e insinuando que houve alguma traição por parte da jovem. Nós temos informações bem concretas que ele teria ordenado essa execução”, explica.

A polícia acredita que Paola tenha sido sequestrada no domingo (13) quando estava a caminho da Cadeia Pública, onde iria visitar o companheiro. O sumiço da jovem foi registrado pela irmã dela na segunda-feira (14).

“No registro não se colocou nenhuma circunstância criminosa ou suspeita de ato ilícito. A irmã apenas afirmou que a família não havia mais conseguido contato com ela no dia anterior, que era Dia das Mães”, afirma Roberta.

Segundo a delegada, na terça-feira (15), a polícia teve acesso ao vídeo da execução que circulava nas redes sociais. No dia seguinte, as autoridades entraram em contato com a família que confirmou que a jovem que aparecia nas imagens era Paola.

“Durante as investigações, tivemos uma informação concreta de onde estava o corpo e assim achamos nesta manhã. Ela estava no local onde mostra o vídeo e na posição que mostra na última cena dessa gravação”, afirma a delegada, acrescentando que não poderia informar como se chegou ao cadáver para não prejudicar o andamento do caso.