Menina de 12 anos revela na escola que está grávida

Menina de 12 anos revela na escola que está grávida de 5 meses e padrasto é preso

O acusado é companheiro da mãe da vítima desde que a garota tinha quatro anos; João Carlos Souza da Cruz foi preso nesta quinta (17)

Um homem de 31 anos foi preso nesta quinta-feira (17) acusado de ter abusado sexualmente da enteada de 12 anos, no município de Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia.

Leia mais: Menina de 10 anos é estuprada e morta dentro de casa

A menina revelou a gravidez de cinco meses durante uma palestra sobre estupro de vulnerável que aconteceu na escola em que estuda. Depois da palestra, a professora da vítima acionou o Conselho Tutelar local, que, de acordo com a Polícia Civil, já suspeitava dos abusos cometidos pelo homem, devido a denúncia de um vizinho.

Segundo a polícia, João Carlos Souza da Cruz é companheiro da mãe da vítima desde que a garota tinha quatro anos de idade. Em seu relato, a menina de 12 anos contou que começou a ser molestada desde janeiro deste ano.

Fonte: bahia.ba

Caso de gravidez na infância

Aos 13 anos de idade, Maria entendia pouco sobre seu próprio corpo. Demorou quatro meses para descobrir que esperava um filho – fruto da primeira relação sexual que teve na vida, com um homem de 21 anos. Até receber a notícia da gravidez, Maria não sabia como ocorre uma gestação – jamais tinha recebido qualquer orientação em casa ou na escola. Tampouco sabia que a lei brasileira configura situações como a dela como estupro de vulnerável.

No posto de saúde de Autazes (AM), município a quatro horas de distância de lancha e carro de Manaus, Maria recebeu um único atendimento psicológico. O objetivo do profissional, conta ela, foi explicar o que era ser mãe.

“Quando entendi que estava grávida, senti muito nervosismo. Pensei: não vou ser mais criança, agora eu vou cuidar de outra criança”, lembra ela, com a fala tímida, enquanto o filho, hoje com três anos, circula pela casa simples onde moram.

Maria e a criança são sustentadas pelos minguados rendimentos que a mãe dela recebe com bicos em serviços domésticos e o Bolsa Família. Sua condição não é exceção na cidade de Autazes onde, segundo o IBGE, quase metade dos domicílios tem renda total de no máximo um salário mínimo. Maria teve que deixar a escola – perguntada sobre o que gostaria de fazer no futuro, respondeu que não sabe.