Festa do Corno dá prêmio para quem tiver historia mais triste sobre chifre

Começamos a comemorar no dia 22 porque passou a juntar muita gente.

É como dizem: chifre não existe. É tudo coisa que puseram na cabeça de um grupo de amigos, moradores de Antonina, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. Ontem, destemidamente e sem preconceitos, eles comemoraram o 21º aniversário do Clube dos Cornos. A festa já é a programação não-oficial do aniversário da cidade, que completou 126 anos ontem.

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Festa do Corno

Começamos a comemorar no dia 22 porque passou a juntar muita gente. Até uns anos atrás, a festa era feita na primeira segunda-feira da primavera explica o corno fundador Orlado Braga, de 67 anos: A festa começou numa greve de ônibus. Sem poder ir trabalhar, começamos um churrasco com cerveja às 7h. Alguém passou gritando que era coisa de corno. Assim, ganhamos chifre.

Isso foi em 1995. Três anos depois, o clube se organizou e os cornos passaram a assinar o livro de filiação e a receber crachás. Depois de virarem cornos de papel passado, o grupo passou a arrecadar dinheiro para a festa.

Fizemos camisas para vender. Era uma forma de conseguir algum dinheiro para o churrasco. A bebida era comprada num bar, que hoje nem existe mais. Com as camisas, o nome da festa se espalhou e passou a chegar corno de todos os cantos aqui diz o aposentado Antonio Luiz Nogueira, de 63, que entrou para o grupo em 1998.

Um dos momentos mais esperados da festa é a gincana das histórias de cornitude. No palanque, cada um conta a sua experiência mais marcante, ou a mais recente. A que comover mais o público vence e leva o prêmio de R$ 50. A decisão, no entanto, sai tarde, já que a festa não tem hora para acabar.

Você acha que alguém vai ter pressa de ir para casa? Chega lá e descobre o que não quer, né? Eu vim de Bangu para celebrar com os companheiros brinca o eletricista Mario Vitor Neto, de 59 anos.

 Festa do Corno

Fonte: Extra