Brasil

Crise econômica na Argentina leva Brasil a produzir 1 bilhão de notas de peso argentino

O Brasil tem desempenhado um papel crucial na produção de notas de peso argentino em meio à crise econômica que assola nosso país vizinho. A Casa da Moeda brasileira tem sido responsável por imprimir cerca de 20 milhões de cédulas semanalmente, incluindo as novas notas de 2 mil pesos, o que resultará em um total de 1 bilhão de notas até o final deste ano. Essa parceria entre os países visa reduzir os custos de impressão enfrentados pela Argentina.

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Desde 2020, o Brasil tem utilizado sua capacidade ociosa na Casa da Moeda para fabricar os pesos argentinos, buscando aproveitar as oportunidades de negócios que garantam o pleno funcionamento de suas instalações. No ano passado, foram produzidas 600 milhões de cédulas para suprir as demandas argentinas.

No entanto, o Brasil não é o único país envolvido nesse processo. A Argentina também está importando dinheiro da China e de outros países europeus, revelando a extensão da crise econômica que enfrentam.

A crise na Argentina é evidente, pois em apenas seis anos, o valor de mercado da cédula de mil pesos despencou de cerca de US$ 55 para menos de US$ 5. Essa desvalorização de mais de 90% resulta dos pesados déficits públicos incorridos pelo governo argentino, financiados pela emissão descontrolada de moeda pelo Banco Central do país.

Em resposta a essa situação, o Banco Central da Argentina lançou recentemente a nova cédula de 2 mil pesos, a de maior valor nominal em circulação no país. A expectativa é que essa medida facilite as transações bancárias e alivie a pressão sobre os caixas eletrônicos. No entanto, no cotidiano de um supermercado em Buenos Aires, essa nova cédula pouco contribui para melhorar a vida dos argentinos. Com 2 mil pesos, é possível comprar apenas meio quilo de macarrão, e esse valor é insuficiente até mesmo para adquirir uma lata de leite em pó, que atualmente custa quase 3 mil pesos.

Dados do Instituto Nacional de Estatísticas e Censos da Argentina revelam que, em março, a cesta básica do país ultrapassou a marca de 60 mil pesos, equivalente a pouco mais de R$ 1,3 mil. Esses números evidenciam a grave situação socioeconômica enfrentada pelos argentinos.

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