Suspeita de abandonar filha responderá pelos crimes de tortura-castigo e ameaça, diz polícia
Caso foi registrado em uma rua do Bairro Novo Mundo, em Curitiba; mulher intimidou testemunha que gravou vídeo, segundo delegado do Nucria.
A mãe Suspeita de abandonar filha de cinco anos em uma rua do no Bairro Novo Mundo, em Curitiba vai responder pelos crimes de tortura-castigo e ameaça, de acordo com a Polícia Civil.
O caso foi registrado no dia 31 de janeiro e ganhou repercussão depois que vídeos com imagens da criança correndo atrás do carro da mãe, gravados por câmeras de segurança e por uma testemunha, foram divulgados nas redes sociais.
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Assista ao vídeo acima.
O inquérito foi concluído pelo Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria). De acordo com o delegado-adjunto do Nucria, José Barreto de Macedo Junior, as investigações concluíram que o objetivo da mãe era causar um castigo e não de abandonar a menina.
Ela estava sozinha no carro, voltando da casa de um cliente, quando aconteceu a ação. Ainda segundo o delegado, uma testemunha disse que a mãe tirou a criança do carro sob ameaças.
Com o inquérito concluído, o caso segue para a Justiça. A mãe compareceu voluntariamente para prestar esclarecimentos na delegacia e aguarda em liberdade, segundo a polícia.
Ameaças
O delegado informou ainda que, no mesmo dia em que o vídeo foi gravado, a mãe se dirigiu até a casa da pessoa que registrou as imagens e fez ameaças.
A Polícia Civil informou que a criança está sob a guarda do pai e que a definição de quem deve ficar com a menina é analisada pelo Conselho Tutelar.
O que disse a mãe
Na semana em que o caso foi gravado, a mulher disse que havia aumentado o volume do som para que a menina parasse de gritar e que, por isso, não percebeu que a criança estava fora do carro.
Ela afirmou ainda que quando percebeu o que estava acontecendo parou o veículo e acolheu a filha. Elas foram almoçar juntas depois, de acordo com a mulher.
A declaração da mãe foi contrariada pela análise dos vídeos e pelos depoimentos, segundo o delegado.
Os advogados da mãe, Igor Ogar e Dyogo Cardoso, ressaltaram que “o crime de tortura impõe que, para que se configure, haja grave ameaça e submissão a sofrimento intenso”, o que de acordo com a defesa não está devidamente comprovado.
Os advogados informaram ainda que a defesa construiu acordo verbal com o pai da criança e a advogada dele, para priorizar a manutenção do bem-estar da menina. Suspeita de abandonar filha
G1 Paraná.