Com pesar, informamos o falecimento de Wandick Pessoa

Nota de falecimento

É com muito pesar que informamos sobre a morte do nosso grande amigo e companheiro de jornada Wandick Pinheiro Pessoa. A sua morte nos pegou de surpresa e o levou de nós repentinamente. Neste momento de dor e consternação, só nos cabe pedir a Deus que lhe ilumine e lhe dê paz, e que Deus dê conforto à sua família para que possam enfrentar esta imensurável dor com serenidade.

Agradecemos imensamente o tempo que pudemos conviver com ele, que será sempre lembrado pelo profissionalismo, honestidade, lealdade, inteligência, competência e sensibilidade para lidar com as adversidades e conflitos humanos. Devemos sempre lembrar que Deus quer ao seu lado os melhores, e com certeza o nosso amigo já está ao lado do Senhor cumprindo uma nova missão.

Deixamos os nossos mais sinceros pêsames aos familiares e amigos. O velório ocorrerá a partir das 11h deste domingo, 27 de novembro, no Cemitério Bosque da Paz, sala 02.

Inspiração
A delegacia não serve só de palco. As ocorrências registradas, quando provocadas pelas diabruras impiedosas da alma feminina, vão parar nas letras das canções. Como bom seresteiro, as dores de cotovelo e de testa são a melhor matéria-prima.

Uma das músicas mais conhecidas de Wandick em Itinga é Sai de Mim (Melô do Bombeiro), escrita há seis anos e gravada no disco Inéditas, um dos cinco produzidos pelo policial. A canção foi inspirada na história de um morador do bairro que flagrou um bombeiro apagando o fogo de sua mulher na cama. Após o chifre, restou à vítima chorar as mágoas na delegacia, e a Wandick criar os versos “Quando te encontrei com o bombeiro na nossa cama, eu jurei nunca mais te querer e de tristeza quase morri”.

Na história do seresteiro, que afirmou ter distribuído de graça 10 mil discos, há um dueto com o ídolo Reginaldo Rossi, no Parque de Exposições, em 2003. Após gritar na frente do palco que queria mostrar uma música, o cantor mandou o policial subir. “Ele falou: ‘vai, baiano, leva Garçom aí’. Chamei por Deus e soltei a voz. Eu vou ser o Reginaldo da Bahia!”, brincou.

Wandick, que sofria de diabetes, do coração e da paixão inveterada pela boemia, costumava dizer que, se ainda está vivo, era graças à música. Quem sabe um dia ele não declara seu amor pela seresta e açucara ainda mais os versos de Vinicius de Moraes: “E de te amar assim, muito e amiúde, é que um dia em teu corpo de repente hei de morrer de amar mais do que pude”.

O policial costumava fazer quatro shows por mês, a maioria de graça. “Já gastei uns R$ 150 mil na carreira. Já vendi casa, terreno, faço tudo”, contou. Na apresentação em Itinga, ele esperava faturar R$ 10 mil.