Ministros de Estado estão tensos com nova rotina do governo Lula
por Léo de Topó
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrentará um desafio de mobilidade nos próximos meses, conforme se prepara para uma cirurgia no quadril, agendada para o dia 29 deste mês. A recuperação pós-cirúrgica, que inclui o uso de um andador, levanta questões sobre a continuidade de sua agenda presidencial. Ao mesmo tempo, a possível liderança da primeira-dama Janja da Silva durante esse período gera inquietação entre ministros e auxiliares do governo.
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De acordo com informações da coluna Mônica Bergamo, publicada no jornal Folha de São Paulo, existe uma preocupação legítima sobre como a agenda presidencial será gerenciada enquanto Lula se recupera da cirurgia. Os temores são particularmente pronunciados entre os membros do governo que podem não contar com a total simpatia da primeira-dama.
A cirurgia de Lula deve obrigá-lo a permanecer afastado do Palácio do Planalto e, possivelmente, despachar do Palácio da Alvorada, a residência oficial do presidente, por aproximadamente um mês. Durante esse período, ele dependerá de um andador para se locomover.
A notícia sobre a disponibilização de um carrinho de golfe pela empresa Itaipu Binacional, que auxiliará Lula em deslocamentos maiores dentro do Palácio da Alvorada, ilustra a preocupação em manter o presidente o mais ativo possível durante sua recuperação. A primeira-dama provavelmente terá um papel mais significativo na tomada de decisões e na condução da agenda presidencial enquanto Lula se recupera.
No entanto, essa mudança temporária de liderança também gera ansiedade entre os ministros de Estado e membros do governo. O receio de que algumas agendas ou prioridades possam ser negligenciadas ou relegadas a segundo plano devido a diferenças políticas ou ideológicas com a primeira-dama é palpável.
À medida que a cirurgia de Lula se aproxima, o governo brasileiro enfrentará um desafio único em sua dinâmica interna. Como o presidente se adapta à sua recuperação com a ajuda de um andador e Janja assume um papel mais proeminente na gestão do país, a incerteza e a tensão continuarão a ser uma constante nos corredores do poder em Brasília.
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