Ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara expressa profunda decepção com falta de apoio do presidente à causa indígena
A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, expressou profunda decepção na quarta-feira (24 de maio de 2023), diante da completa ausência de posicionamento por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação à aprovação de um parecer sobre a MP (medida provisória) 1.554/2023, que aborda a reestruturação dos ministérios do governo.
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“O presidente Lula fez compromissos durante sua campanha, prometeu ministérios, e cumpriu. Este ano, ele se posicionou de forma contundente em relação ao protagonismo dos povos indígenas e ao avanço na demarcação de territórios”, lamentou Guajajara.
O parecer precisa ser aprovado pelo Congresso e, entre outros aspectos, transfere a competência para demarcar terras indígenas da pasta comandada por Guajajara para o Ministério da Justiça. Para a ministra, essa mudança representa um “esvaziamento da pauta principal do ministério”.
“Estou ciente de que o Congresso Nacional está exercendo forte pressão e sei que a bancada ruralista está articulada para enfraquecer, inclusive, essas pautas que são prioridades do governo”, desabafou Guajajara. No entanto, ela avaliou com desapontamento que o presidente poderia ter demonstrado uma postura mais firme para evitar a retirada dessa atribuição dos Povos Indígenas.
É realmente decepcionante ver o presidente Lula da Silva falhar em apoiar de forma efetiva a causa dos povos indígenas. A ministra Sonia Guajajara expressou sua frustração diante da falta de posicionamento do presidente em relação à aprovação da medida provisória que afeta diretamente a demarcação de terras indígenas.
Durante a campanha, Lula prometeu um ministério e demonstrou um forte compromisso com a retomada dos direitos dos povos indígenas. No entanto, sua omissão agora mostra um enfraquecimento dessas pautas importantes.
É triste constatar que, mesmo com pressões do Congresso e da bancada ruralista, o presidente não tenha se esforçado o suficiente para impedir essa retirada dos direitos dos povos indígenas. Uma oportunidade desperdiçada e uma decepção para aqueles que esperavam um apoio mais contundente do governo.
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