Rui Costa

A derrota de Rui Costa, o desgaste do ministro, o isolamento de Geraldo Jr. e o café da manhã indigesto de Jerônimo

Na última semana, a Câmara dos Deputados derrubou, por ampla maioria de votos (295 a favor e 136 contra), o decreto presidencial que alterou a regulamentação do Marco Legal do Saneamento Básico, assinado pelo ex-presidente Lula, mas com a participação ativa do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT). As mudanças propostas por Rui permitiam que empresas estatais prestassem serviços de saneamento sem licitação com os municípios em região metropolitana, aglomeração urbana ou microrregião. A medida foi criticada por parlamentares baianos, que afirmaram que Rui foi o principal fiador da proposta e não recebeu o apoio necessário dos líderes governistas na Câmara.

No entanto, as críticas à atuação de Rui vão além da questão do saneamento. Segundo um ministro do governo Lula, Rui tem sido alvo de críticas por seu perfil autoritário e falta de habilidade política. Em uma reunião interna da cúpula governista, Rui defendeu que os restos a pagar não fossem quitados para pressionar o Congresso, mas foi voto vencido. Além disso, durante os oito anos de seu governo na Bahia, o aumento do volume de restos a pagar foi de 178%, o que foi criticado por alguns como uma “pedalada fiscal”.

Diante da derrota na Câmara, Rui pode ter dificuldades em se manter no cargo, já que sua imagem entre os parlamentares não é das melhores. Segundo alguns deputados baianos, Rui achava que estava lidando com um Legislativo amigo e subserviente, como o da Bahia, mas se enganou. Para piorar, a visita do presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), Adolfo Menezes (PSD), a Rui em Brasília, foi vista por alguns como uma tentativa de consolar o amigo após o revés sofrido na Câmara.

Por outro lado, o vereador Henrique Carballal (PDT) enfrenta um dilema em relação à sua nomeação para a presidência da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM). Embora tenha sido indicado para o cargo, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) recomendou a Jerônimo Rodrigues (PT), aliado de Rui, que não o nomeie para o posto, com base na Lei das Estatais. Além disso, o vereador é alvo de investigações do Ministério Público por prática de rachadinha.

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