Forças da Coreia do Sul e dos Estados Unidos promoveram hoje (26) uma de suas maiores manobras conjuntas com armas reais já efetuadas, um dia após a realização, por parte da Coreia do Norte, de um grande exercício de artilharia.

Os trabalhos desta quarta-feira, desenvolvidos no condado de Pocheon, incluíram manobras previamente programadas que fazem parte das simulações conjuntas que Seul e Washington fazem em cada ano no território sul-coreano.

Participaram 30 helicópteros, 90 tanques e veículos blindados, 30 caças e cerca de 2 mil militares, que simulam uma resposta rápida a um ataque norte-coreano sobre postos de guarda da Coreia do Sul.

Também foram implantadas várias unidades de lança-foguetes múltiplos M270 dos Estados Unidos, um temido lançador motorizado e blindado que disparou diversos mísseis durante estes jogos de guerra.

O exercício, que EUA e Coreia do Sul não realizavam desde 2015, acontece apenas um dia depois que o regime da Coreia do Norte comemorou o 85º aniversário de seu exército.

A Coreia do Norte realizou um exercício de fogo real em larga escala nesta terça-feira para marcar o 85º aniversário da fundação do exército do país.

Um comunicado do exército sul-coreano disse que os exercícios estavam em andamento na área de Wonsan no leste do país, sem dar mais detalhes sobre quais tipos de armas e unidades militares foram usadas.

Muitos especialistas acreditavam que a Coreia do Norte poderia realizar um teste nuclear ou o lançamento de um míssil balístico aproveitando a ocasião, mas não foi detectado nenhum teste do tipo nas últimas horas. “Nenhum desenvolvimento fora do comum foi detectado”, afirmou o ministério da Defesa da Coreia do Sul.

Vale destacar que os exercícios ocorreram concomitantemente ao atracamento de um submarino nuclear USS Michigan na Coreia do Sul, enviado pelo governo Donald Trump em mais uma demonstração de força para intimidar o regime da Coreia do Norte.

Segundo um oficial anônimo citado pela “CNN”, o veículo deveria fazer uma aparição no porto de Busan, no sul do país asiático, nesta terça-feira,, data que é vista por analistas como uma ocasião para novos testes balísticos.

O USS Michigan é dotado de mísseis táticos e alta capacidade de comunicação, mas não deve participar de exercícios militares na região. Ainda assim, o objetivo do Pentágono é passar uma “forte mensagem” à Coreia do Norte, de acordo com a “CNN”. Além disso, coincide com a reunião de diplomatas de Washington, Tóquio e Seul no Japão, para discutir a crescente ameaça dos programa de mísseis e armas nucleares de Pyongyang.

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