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Déficit nas contas do governo cresce em julho, desafiando metas fiscais em meio a mudanças econômicas.

por Léo de Topó 

No cenário econômico do Brasil, as contas do governo federal enfrentaram um desempenho desafiador em julho, registrando um déficit primário de R$ 35,9 bilhões. Esse déficit primário ocorre quando as despesas superam as receitas do governo, resultando em um saldo negativo. Esse resultado representa o segundo maior déficit primário de julho desde que a série histórica foi iniciada em 1997.

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Comparado ao ano anterior, esse desempenho é notavelmente melhor, tendo em vista que, em julho de 2020, o país estava no auge da pandemia de Covid-19 e enfrentou um recorde negativo de R$ 109,646 bilhões no mesmo mês. No entanto, é importante observar que, apesar da melhoria em relação ao ano anterior, o saldo ainda se encontra em um patamar preocupante.

Déficit acumulado nos primeiros sete meses do ano e impacto nas receitas e despesas

Nos sete primeiros meses do ano, o resultado primário acumulou um déficit de R$ 78,2 bilhões. Esse valor é o pior desempenho desde 2021 em termos reais, quando o déficit acumulado chegou a R$ 82,9 bilhões. Em julho, as receitas tiveram uma queda real de 6,9% em comparação com o mesmo mês do ano anterior. No acumulado do ano, a queda foi de 5,3%. Por outro lado, as despesas apresentaram um aumento significativo de 31,3% em julho, já descontada a inflação. No acumulado de 2023, a variação positiva foi de 8,7%.

Fatores que influenciaram o desempenho negativo

De acordo com o subsecretário de Planejamento Estratégico da Política Fiscal, David Athayde, a deterioração nas receitas em comparação com o ano anterior está relacionada a arrecadações atípicas em 2022 que não se repetiram nos últimos meses, especialmente na área de commodities, com destaque para o setor de petróleo. Isso indica que a base de comparação influenciou o desempenho das receitas neste ano.

Despesas do governo e pressões de gastos

As despesas totais do governo tiveram um aumento considerável de 31,3%, atingindo R$ 196,3 bilhões. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) apresentou um déficit de R$ 43 bilhões no mês passado, contribuindo significativamente para o resultado negativo. Nos primeiros sete meses, o resultado do INSS acumulou um déficit de R$ 208 bilhões.

Esse aumento nas despesas foi impulsionado por gastos com benefícios previdenciários, precatórios, abono salarial, seguro-desemprego, Bolsa Família e repasses a governos regionais. Mudanças no calendário de pagamento e outras variáveis também exerceram pressões sobre os gastos.

No geral, o desafio fiscal continua a ser um aspecto crucial para a saúde econômica do país, e as medidas tomadas pelo governo e o desempenho das receitas e despesas nos próximos meses terão um papel significativo na determinação do cenário econômico futuro.

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