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Agência distribui foto com ativistas climáticas

ativistasAcima, a foto original. No alto, a foto publicada: racismo explícito

Num vídeo em que parece muito triste, Vanessa Nakate, da Uganda, disse que agora entende “definição da palavra racismo”. “Por que vocês me removeram da foto? Eu fazia parte do grupo”, tuitou, em resposta à AP.

David Ake, diretor de fotografia da AP, disse ao Buzzfeed do Reino Unido que, sob um prazo apertado, o fotógrafo a recortou puramente por motivos de composição.

Ele achava que o prédio ao fundo era perturbador, disse, conforme registra o jornal The Gardian.

Outras agências, incluindo a Reuters, publicaram a foto de Vanessa, mas trocaram ou omitiram seu nome. Em um caso, aparece como a ativista zambiana Natasha Mwansa.

No vídeo, Nakate considerou que não foi erro técnico, mas a supressão de vozes negras das conversas sobre as mudanças climáticas.

Nós não merecemos isso. A África é o menos emissor de carbono, mas somos os mais afetados pela crise climática, afirmou. Apagar nossas vozes não vai mudar nada. Apagar nossas histórias não vai mudar nada.

Depois, no Twitter, ele publicou as duas fotos, uma com corte e outra sem, e deu uma cacetada no fotógrafo e editores racistas:

“Vocês não apagaram apenas uma foto. Vocês apagaram um continente. Mas eu estou mais forte do que nunca”.

Ela avisou seguirá lutando, juntamente com Greta Thunberg, Loukina Tille, Luisa Neubauer e Isabelle Axelsson, as loirinhas que estavam na foto e não foram cortadas.

É preciso salvar o planeta e também as pessoas que moram no planeta, muitas perdidas em seus preconceitos e ódios.

Veja o vídeo: