Luiz Caldas conta por que parou de cantar seu maior hit
Luiz Caldas lança disco com repertório afetivo, fala da mudança do visual, dos benefícios da maconha em sua vida e da marca registrada de sua carreira: ‘Se não estiver descalço, ninguém me reconhece’
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Visto como um dos precursores do axé, Luiz Caldas, de 58 anos, diz que não canta mais um dos seus maiores hits, a música“Fricote” , que gerou debates nos últimos anos por causa de sua letra, considerada racista.
Em entrevista ao jornal O Globo, o cantor conta que acha desnecessário apresentar a música em seus shows, explicando que a composição não cabe mais atualmente e que é preciso “respeitar as regras”.
Em outro trecho, Luiz Caldas diz que se tivesse só “Fricote” de sucesso, como muitos artistas, teria que cantá-la para se sustentar e sustentar a família. “Mas tenho muitos [sucessos]”, assegura.
“Acredito que ‘Fricote’ cumpriu o papel dela, de ser o elo com essa corrente toda que chama axé music e que não é bem um estilo musical como samba, o rock, mas uma forma de fazer música, que faz um convênio com todos os estilos”, diz.
Trechos da música considerada racista:
Nega do cabelo duro
Que não gosta de pentear
Quando passa na Baixa do Tubo
O negão começa a gritar
Olha nega do cabelo duro
Que não gosta de pentear
Quando passa na Baixa do Tubo
O negão começa a gritar
Pega ela aí, pega ela aí
Pra quê? (Pra passar batom)
Que cor? (De violeta)
Na boca e na bochecha
Pega ela aí, pega ela aí
(Pra quê?) Pra passar batom
(Que cor?) De cor azul
Na boca e na porta do céu
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