Jean Wyllys revela que homofobia teria sabotado sua nomeação na Secretaria Especial de Comunicação da Presidência.
por Léo de Topó
Em um episódio repleto de reviravoltas, o ex-deputado federal Jean Wyllys, defensor dos direitos LGBTQ+, alegou que a homofobia teria sido a razão por trás da sua não nomeação na Secretaria Especial de Comunicação da Presidência (Secom) durante o governo de Lula. Em uma reviravolta irônica, Wyllys considerou essa reviravolta uma espécie de “livramento” e compartilhou sua perspectiva nas redes sociais, desencadeando uma série de debates e polêmicas.
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Jean Wyllys estava na Espanha devido a ameaças que havia recebido durante o governo de Jair Bolsonaro. No entanto, ele retornou ao Brasil e estava prestes a assumir um cargo na comunicação oficial da Presidência, a Secom, sob a coordenação do ministro Paulo Pimenta.
No entanto, sua nomeação foi abalada por uma intensa discussão nas redes sociais com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, do PSDB. O motivo? A manutenção do modelo de gestão cívico-militar nas escolas do estado por parte de Leite.
Wyllys não poupou palavras ao criticar a decisão do governador. Ele questionou a atitude de um governador gay em apoiar tal política e fez observações ácidas sobre a homofobia internalizada. O episódio gerou uma enxurrada de críticas, e Eduardo Leite levou o caso ao Ministério Público, que conseguiu uma ordem judicial para que Wyllys apagasse a publicação.
O governador Eduardo Leite não economizou palavras ao criticar a manifestação de Jean Wyllys, chamando-a de “deprimente e cheia de preconceitos em incontáveis direções”. A situação se agravou quando o Ministério Público entrou com uma ação criminal contra Wyllys por injúria, pedindo sua condenação.
O detalhe interessante é que, normalmente, casos de injúria exigem que a vítima inicie o processo por conta própria. No entanto, o MP gaúcho decidiu abraçar o caso, argumentando que se tratava de um funcionário público no exercício das funções. Essa virada de eventos apenas acrescentou mais combustível à polêmica.
Além de enfrentar as críticas de Eduardo Leite e do Ministério Público, Jean Wyllys também se deparou com a chamada “fogo amigo” por parte da militância petista. Este caso revela um aspecto curioso da política brasileira, onde apoiadores do governo frequentemente atacam correligionários que criticam as ações do governo.
A história de Jean Wyllys e sua alegação de que a homofobia sabotou sua nomeação na Secom é um exemplo de como a política brasileira pode ser repleta de reviravoltas surpreendentes. Enquanto ele enfrenta desafios legais e críticas de diferentes frentes, a polêmica em torno desse episódio certamente permanecerá como um capítulo marcante na carreira deste ex-deputado controverso. A política brasileira, como sempre, continua a surpreender e intrigar com suas histórias inesperadas.
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