Lauro de Freitas

As praias de Lauro de Freitas sob ameaça de privatização: Um futuro preocupante para a comunidade

por Léo Barros

Nesta semana, em um movimento que não surpreendeu muitos, um dos principais apoiadores políticos da pré-candidata à prefeitura de Lauro de Freitas, Débora Régis, declarou de forma enfática sua adesão à PEC 03, que prevê a privatização das praias. Este posicionamento reitera o alinhamento ideológico da equipe de Débora, Bruno Reis e ACM Neto, notórios por suas posturas elitistas e, frequentemente, descoladas das necessidades populares.

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A proposta de privatizar as praias, por mais absurda que possa parecer, reflete uma tendência preocupante de desmonte do patrimônio público em favor de interesses privados. Agora enfrentamos a ameaça de um recurso natural essencial ser retirado do domínio público. Os acordos políticos que Débora Régis tem estabelecido com setores da direita indicam uma inclinação perigosa para políticas retrógradas e entreguistas, com a PEC 03 sendo um exemplo emblemático.

A equipe de Débora Régis parece abraçar uma filosofia de “laissez-faire” (deixe fazer), que prioriza a minimização da intervenção estatal em favor de um suposto livre mercado. No entanto, essa abordagem frequentemente ignora os impactos sociais e ambientais. É notável lembrar do histórico de Bruno Reis, que desconsiderou recomendações do Ministério Público ao vender áreas verdes em Salvador, ou da controversa invasão do Parque Pituaçu.

Esses precedentes indicam uma tendência de negligenciar a proteção de áreas públicas em nome de ganhos econômicos privados. A possível privatização das praias de Lauro de Freitas é mais um passo nessa direção, que poderia resultar na monopolização de recursos naturais e na restrição de acesso a espaços que, por direito, pertencem a todos.

A costa brasileira já está, em grande parte, sob domínio útil de mais de 600 mil imóveis privados. A aprovação da PEC 03 poderia exacerbar essa situação, reduzindo ainda mais o acesso público às praias e favorecendo interesses privados sobre os coletivos. A perda desse patrimônio natural teria consequências incalculáveis para a população local, que veria um de seus recursos mais valiosos ser transformado em propriedade privada, restringindo o acesso livre e impactando negativamente o turismo e a qualidade de vida.

Para aqueles que clamam por uma mudança urgente em Lauro de Freitas, é crucial lembrar que “se está ruim, pode piorar”. A proposta de privatização das praias não é uma inovação, mas um retrocesso travestido de novidade. A adesão de líderes políticos a pautas como a PEC 03 evidencia uma visão de desenvolvimento que favorece poucos em detrimento de muitos. Portanto, a comunidade deve estar atenta e mobilizada para proteger seus direitos e recursos naturais, evitando que políticas entreguistas comprometam o futuro de todos.

Um minuto, por favor…

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