PGR solicita dados de seguidores de Bolsonaro nas redes sociais em inquérito sobre ataques ao sistema eleitoral
por Léo de Topó
No contexto do inquérito que investiga supostos crimes cometidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro ao publicar um vídeo com ataques ao sistema eleitoral, a Procuradoria-Geral da República (PGR) fez um pedido ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, responsável pelo caso, solicitou dados sobre os seguidores de Bolsonaro nas redes sociais. Essa solicitação já havia sido feita anteriormente pelo Ministério Público Federal (MPF).
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De acordo com informações divulgadas pela coluna de Guilherme Amado no Metrópoles, a PGR requereu um arquivo contendo a lista completa e os dados de identificação de todos os seguidores do ex-presidente em plataformas como Instagram, TikTok, Facebook, YouTube, Twitter e LinkedIn.
O objetivo dessa solicitação é investigar o alcance das publicações de Bolsonaro nas redes sociais, bem como analisar o engajamento dos seguidores em relação a essas postagens. Além disso, a PGR também solicitou à empresa Meta, responsável pelo Facebook, uma cópia do vídeo em questão, a fim de apurar métricas como visualizações, curtidas, compartilhamentos, repostagens, comentários e outras interações relacionadas ao post.
A PGR também expressou o desejo de obter todas as postagens feitas por Bolsonaro relacionadas a temas como eleições, urnas eletrônicas, Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Supremo Tribunal Federal (STF) e Forças Armadas.
No entanto, o subprocurador Carlos Frederico Santos manifestou-se contrariamente a dois pedidos feitos pelo MPF para que especialistas em comunicação política fossem ouvidos a fim de analisar informações sobre os apoiadores de Bolsonaro. Segundo Santos, encontrar um analista imparcial, sem qualquer viés ideológico ou partidário, representa “extrema dificuldade”.
Essa decisão da PGR de solicitar os dados dos seguidores de Bolsonaro nas redes sociais, bem como as métricas relacionadas às postagens e a análise de conteúdo, faz parte das investigações em curso sobre a conduta do ex-presidente e seus possíveis impactos no sistema eleitoral. No entanto, o posicionamento em relação aos especialistas em comunicação política evidencia a sensibilidade em encontrar profissionais imparciais para a análise dessas informações.
É importante destacar que o caso está em andamento e o desdobramento das investigações dependerá da análise dos dados solicitados e do resultado das diligências realizadas pela PGR. A decisão do STF em relação ao pedido da PGR também será determinante para o prosseguimento do inquérito.
É fundamental que as autoridades responsáveis pela investigação ajam de acordo com a lei e os princípios constitucionais, garantindo o respeito aos direitos fundamentais, incluindo o direito à liberdade de expressão. É necessário que os limites legais e constitucionais sejam observados durante o processo investigativo, garantindo o equilíbrio entre a proteção dos direitos individuais e a busca por informações relevantes para a investigação em curso.
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