Bahia

Comunidade cigana clama por justiça e proteção após brutal chacina na Bahia

por Léo de Topó 

Após a chocante chacina que resultou na morte de seis membros de uma família cigana em Jequié, no sudoeste da Bahia, na última quinta-feira (5), o Ministério Público Federal (MPF) tomou uma iniciativa decisiva em busca de respostas e soluções para a crescente violência contra a comunidade cigana no estado. A Defensoria Pública da União (DPU) e a Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE-BA) também se uniram ao MPF na solicitação de uma audiência emergencial com o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT).

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O objetivo fundamental dessa reunião é abordar não apenas o recente e trágico episódio em Jequié, mas também os contínuos ataques que têm afligido a comunidade cigana nos últimos anos. Os órgãos de Justiça apontam que o caso em Jequié é apenas o mais recente de uma série de ataques, indicando um problema sistêmico que exige uma resposta efetiva das autoridades.

A tragédia em Jequié deixou uma marca indelével na comunidade cigana, com vítimas que variavam de 5 a 65 anos, todas pertencentes à mesma família e parte integrante da comunidade cigana. Alarmantemente, este ato de violência ocorreu apenas dois dias após a descoberta do corpo de Iomar Barreto Cabral, outro membro da família, em seu carro na cidade de Rafael Jambeiro, localizada a 202 km de Jequié. Esses eventos trágicos destacam a gravidade da situação e a necessidade urgente de intervenção.

O aumento das ações violentas contra os ciganos, com o registro de mais de 60 mortes em setembro, tem gerado pressão crescente sobre as autoridades para adotarem medidas concretas de proteção a essas comunidades vulneráveis. A sociedade exige respostas efetivas e a garantia da segurança desses cidadãos, que têm sido alvo de uma série de ataques brutais e injustificáveis.

Enquanto a sociedade aguarda respostas, a investigação sobre o caso em Jequié continua em andamento. A Polícia Civil está explorando diversas possíveis motivações para o crime, incluindo disputas de terras, latrocínio e vingança. É fundamental que essa investigação seja conduzida de maneira rigorosa e transparente, garantindo que os responsáveis ​​sejam identificados e levados à justiça.

Em meio à tristeza e à revolta geradas por essas tragédias, a audiência solicitada pelo MPF, DPU e DPE-BA com o governador Jerônimo Rodrigues representa uma oportunidade vital para discutir medidas concretas de proteção e justiça para a comunidade cigana na Bahia. É imperativo que o Estado tome medidas firmes para garantir que esses cidadãos sejam tratados com dignidade e respeito, e que a violência contra eles seja combatida de maneira eficaz e definitiva. A sociedade espera que essa audiência seja um passo significativo na direção de um futuro mais seguro e justo para os ciganos na Bahia.

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