A militante transexual Bárbara Trindade, de 21 anos, foi baleada na cidade de Presidente Dutra, norte da Bahia e continua internada no Hospital Regional de Irecê nesta quinta-feira (4), após perder os movimentos dos braços e das pernas. O suspeito do crime, Domingos Mendes, um homem com o qual ela estaria namorando, está preso, de acordo com a Polícia Civil.

O ataque ocorreu no dia 2 de abril. Bárbara conta, em um vídeo postado na internet, que havia marcado um encontro com o suspeito, por meio de mensagens, no dia do crime.

“Marcamos 23 horas, na Câmara Municipal de Presidente Dultra. Cheguei lá e fiquei esperando. Em seguida chegou uma moto com duas pessoas, só que a rua estava muito escura, eu fiquei com medo e não fui. Em um determinado momento, ele [Domingos] desceu da moto e fez o primeiro disparo, que pegou no meu maxilar. Depois eu virei e tomei o segundo tiro, foi quando eu vi o rosto dele”, diz.

Os amigos da vítima fazem uma campanha por meio das redes sociais para arrecadar dinheiro e comprar cadeiras de rodas e fraldas geriátricas para Bárbara. Parte de um coletivo LGBT que presta apoio à Barbara, Ruby Santos conta que o estado de sáude da militante transexual é crítico.

Ela aguarda transferência para uma unidade médica de maior porte, em Salvador, para continuar o tratamento. “[Bárbara] Ela precisa fazer uma cirurgia na coluna urgente, porque ela não mexe nada da cintura para baixo. Ela precisa de vaga no hospital em Salvador”, afirma Ruby.

Ruby diz ainda que o suspeito atirou na jovem porque ficou instatisfeito após ela ter contado sobre o relacionamento para outras pessoas. “Ele tinha relação com ela e ele ficou com raiva, porque ela contou sobre a relação na cidade e ele não quis ter o nome ligado com uma pessoa trans”, conta.

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