Para o deputado federal Jorge Solla (PT), a denúncia contra Michel Temer (PMBD) encaminhada por Rodrigo Janot ao STF só reforça a tese de que o peemedebista precisa ser afastado o quanto antes para evitar a “desmoralização da Justiça brasileira”.

“A minha preocupação é que o conjunto de provas é tão grande, tão amplo e tantos crimes que se não houver afastamento será a desmoralização completa da Justiça desse país. No caso de Michel Temer, não estamos falando de convicção, mas de provas. De malas com dinheiro, gravações diversas, gravações nas quais fica clara a obstrução da Justiça com pagamento a presos para não denunciarem. Fica clara a entrega de informações estratégicas da política econômica. Michel Temer é um ex-presidente ainda não afastado. Não tem nenhuma credibilidade nem legitimidade para continuar à frente do governo”, avaliou em entrevista ao BNews. O petista este na inauguração da UTI do Hospital Eládio Lassérre, em Cajazeiras II, na manhã desta terça-feira (27).

Questionado se Temer tem força e sustentação para se manter no cargo até 2018, Solla demonstrou pessimismo. “Em um país onde a Justiça julga de acordo com o réu, pode acontecer qualquer coisa. Um país onde o presidente do TSE muda de posição inclusive publicamente para garantir a permanência desse governo corrupto, um país onde 500 kg de coca desaparece de um avião, tem três anos que operações dessa natureza estão destruindo o Brasil. Em vez de combater a corrupção estão destruindo a economia. Enquanto isso, corruptos como Temer, Aécio, Serra, que é um dos maiores milionários deste país, continuam rindo da Justiça”, considerou.

Solla também comentou a condenação a 12 anos de prisão impetrada por Sergio Moro ao ex-ministro Antonio Palocci. Para o petista, a sentença não se baseia em provas concretas. “Cadê a conta na Suíça de Palocci? O dinheiro em mala, as gravações com provas de crime? Nada. Ele está sendo condenado por um suposto caixa 2 de financiamento de campanha eleitoral. Enquanto quem faz fortuna, donos de impérios montados com recursos públicos continuam rindo da Justiça brasileira”, acrescentou.

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