Negligência em segurança: Condomínio em Lauro de Freitas ignora laudo vencido e põe vidas em risco
por Léo de Topó
Uma triste ocorrência abalou a cidade de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), quando uma criança de apenas 4 anos perdeu a vida em um incêndio que devastou um apartamento no Condomínio Residencial Santo Amaro de Ipitanga. No entanto, uma reviravolta na investigação aponta para negligência nas medidas de segurança do condomínio.
Veja também: Novo site da Central de Regulação de Lauro de Freit@s facilita acompanhamento de solicitações! Confira:
Após a realização de uma vistoria pelo Corpo de Bombeiros, foi constatado que o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) do empreendimento estava vencido desde 2022, evidenciando uma falha grave nas verificações de segurança. O condomínio foi notificado e possui um prazo de 30 dias para realizar as devidas adequações, sob risco de consequências legais.
Durante a inspeção, os bombeiros identificaram uma série de irregularidades, incluindo hidrantes sem mangueiras, bombas inoperantes, extintores vencidos, ausência de brigadistas e sistema de alarme inoperante. Tais falhas comprometem significativamente a capacidade de resposta em situações de emergência, como a que resultou na trágica morte da criança identificada como Samuel Borges de Abreu.
O condomínio, construído há pouco mais de dois anos pelo programa Minha Casa, Minha Vida, agora enfrenta questionamentos sobre a eficácia de suas medidas preventivas. O pai das crianças, Renato Abreu, tentou salvar seus filhos, mas a falta de recursos adequados, como hidrantes operacionais, contribuiu para a tragédia.
Em entrevista, o capitão do Corpo de Bombeiros, identificado como Góes, expressou sua consternação diante da situação. Ele destacou que, embora o prédio possuísse equipamentos de segurança, a inutilidade dos hidrantes devido à falta de água comprometeu a eficácia do combate ao incêndio.
Outra revelação preocupante foi a ausência de treinamento para os moradores, impedindo que utilizassem corretamente os equipamentos de segurança disponíveis. O alarme de incêndio também não foi acionado, aumentando as dúvidas sobre a eficácia do sistema de alerta.
A tragédia em Lauro de Freitas levanta questões cruciais sobre a importância da manutenção regular de medidas de segurança em condomínios residenciais. As autoridades aguardam respostas do condomínio sobre as providências a serem tomadas nos próximos 30 dias e a comunidade espera por ações efetivas que garantam a segurança dos moradores.
O velório e sepultamento de Samuel Borges de Abreu ainda não foram agendados, e a família, assim como a comunidade, clama por respostas e medidas preventivas mais rigorosas para evitar futuras tragédias.
Um minuto, por favor…
Agradeço pelo interesse neste artigo! CLICANDO AQUI.