“Para nós, missão dada é missão cumprida. Inclusive quanto às coisas de Deus”, explica presbítero subtenente.
Desde o dia 20 de maio, diariamente um grupo de 80 a 100 pessoas entram na sede do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), na Zona Sul do Rio de Janeiro para participar de cultos. No dia da inauguração, o presidente da ONG Rio de Paz, o pastor Antônio Carlos Costa fez uma pregação, falando da importância espiritual do “nascer de novo”.
A obra, que custou cerca de R$ 50 mil foi feita totalmente com doações, explica o presbítero e subtenente do Bope André Monteiro. O material foi doado por simpatizantes do Bope em todo o país, como membros da Associação do Ministério Público do Norte e Nordeste; magistrados, como o juiz federal Wilson Douglas, e pela própria corporação. A mão de obra foi feita pelos PMs e de moradores da favela Tavares Bastos, onde fica a unidade.
“Estamos muito felizes com essa conquista e por poder mostrar à sociedade que na nossa instituição há pessoas de fé que, além de suas missões militares no dia a dia, buscam levar a palavra de Deus à comunidade, interagindo e ficando cada vez mais próximas a ela”, afirmou Monteiro à imprensa.
Um dos diferenciais é que, para participar dos cultos, os fiéis precisam se identificar e são revistados, seguindo as normas do batalhão. “São regras básicas de segurança”, ressalta Monteiro. Após os cultos, não se pode visitar a unidade. Para isso existe um programa específico com agendamento.
A igreja já recebeu visitas de cantoras famosas do meio gospel, como Fernanda Brum e Ana Paula Valadão. Mas o período de louvor dos cultos normalmente fica a cargo da Tropa de Louvor, a banda gospel do Bope. Os músicos, conhecidos como ‘Caveiras de Cristo’ já tem um CD lançado.
“Para nós, missão dada é missão cumprida. Inclusive quanto às coisas de Deus”, finalizou Monteiro.