Telegram de Bolsonaro

Acréscimo do Telegram de Bolsonaro neste final de semana é maior que a quantidade de seguidores de Lula na plataforma

Nem mesmo a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi capaz de conter o ímpeto dos seguidores do presidente Jair Bolsonaro no Telegram. Apesar de o integrante da Suprema Corte ter determinado a suspensão da plataforma, o número de seguidores no perfil do chefe do Executivo aumentou.

Desde a tarde da última sexta-feira (18), quando a decisão de Moraes se tornou pública, Bolsonaro viu seu número de seguidores na plataforma crescer em quase 60 mil usuários. De 1,085 milhão de seguidores registrados na página até a tarde de sexta, o líder passou a ter, até a manhã deste domingo (20), 1,144 milhão de usuários.

O acréscimo de 59 mil novos seguidores na página de Bolsonaro é maior que a quantidade de usuários na conta de seu principal concorrente nas eleições presidenciais, o ex-presidente Lula (PT), que possui apenas 50 mil seguidores. O número é ainda três vezes maior que o de usuários que seguem a página de Ciro Gomes (PDT), que possui 19 mil.

SOBRE O BLOQUEIO DO TELEGRAM

Alexandre de Moraes determinou o bloqueio do Telegram na quinta-feira (17), em decisão que veio a público na sexta-feira. Após a decisão, o fundador do Telegram, Pavel Durov, pediu desculpas, disse que a empresa foi negligente, culpou uma confusão com e-mails pela falta de respostas e prometeu passar a cumprir a legislação.

Diante dessa atitude do criador e da própria plataforma, Moraes proferiu uma nova decisão dando mais um prazo de 24 horas para que a plataforma cumpra as novas decisões e possa ter a oportunidade de continuar operando no país sem restrições. Entre as exigências para que o Telegram possa funcionar, Moraes elencou as seguintes:

– indicar à Justiça um representante oficial do Telegram no Brasil (pessoa física ou jurídica);
– informar ao STF, “imediata e obrigatoriamente”, as providências adotadas pelo Telegram para “o combate à desinformação e à divulgação de notícias fraudulentas, incluindo os termos de uso e as punições previstas para os usuários que incorrerem nas mencionadas condutas”;
– excluir imediatamente os links no canal oficial do presidente Jair Bolsonaro, no Telegram, que permitem baixar documentos do inquérito sobre a invasão hacker ao TSE;
– bloquear o canal Claudio Lessa, fornecer os dados cadastrais da conta ao STF e preservar a íntegra do conteúdo veiculado nesse espaço.

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