Nadjane morava com o marido havia cerca de 5 anos na mesma rua onde desapareceu
Era por volta das 6h da manhã do domingo (9) quando a comerciante Nadjane Santos de Jesus, 30 anos, foi vista pela última vez na Rua Santos Soares, em Itapuã, na companhia do seu cachorro de estimação chamado Mayck. Horas depois, por volta das 9h30, ela foi encontrada morta, nua, com marcas de espancamento e violência sexual, na estrada CIA/Aeroporto, segundo relatos de familiares da vítima feitos ao CORREIO nesta segunda-feira (10). Nadjane morava com o marido, o encarregado de produção Eviton Gomes, 36 anos, havia cerca de 5 anos na mesma rua onde desapareceu.
O marido da vítima conta que, no dia do desaparecimento, a comerciante acordou por volta das 5h da manhã para comprar um pacote de feijão fradinho e não retornou para casa. O marido só sentiu falta da esposa quando, horas depois, o cachorro retornou sozinho para casa. “Eu vi o momento que ela acordou pra comprar o feijão. Como era muito cedo, coloquei o travesseiro no rosto e voltei a dormir. Achei estranho o cachorro ter voltado para casa sozinho. Foi aí que fiquei desesperado e comecei a ligar pra família e para as amigas dela”, conta.
Um dia antes do crime, Nadjane participou de uma confraternização em família na casa de uma irmã. Ela ficou encarregada de preparar um feijão que daria continuidade à festa no domingo. “Ela estava muito feliz, dançando e pirraçando todo mundo, como era de costume. Ninguém imaginava o que iria acontecer com ela. Nova e linda, ainda estamos sem acreditar”, diz a cunhada Luana Rodrigues, 20 anos.
Os familiares da vítima acreditam que a comerciante foi forçada a entrar em um veículo antes de desaparecer. “Minha esposa foi forçada a entrar, tenho certeza. Todo mundo conhecia ela e eu tenho convicção que se alguém tivesse visto não teria deixado. Até eu, que sou marido, se me atrevesse a levantar a voz era corrigido pelos vizinhos. Ela tinha um olhar vivo e era amada por todos”, diz o marido.
O marido de Nadjane conta ainda que a esposa dizia que o maior medo dela era a morte. “E agora ela chegou. Uma mulher guerreira que costumava segurar as pontas em casa quando eu estava apertado. Não dá pra acreditar”, disse.
Depois do desaparecimento de Nadjane, os familiares foram nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) de bairros vizinhos a procura de informações. A busca só teve fim quando, na tarde de ontem, eles reconheceram o corpo da jovem por meio de fotos no Instituto Médico Legal (IML) . O sepultamento acontece nesta segunda (10) às 15h no Cemitério Bosque da Paz
O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo o Departamento de Polícia Técnica (DPT), os laudos sobre as causas da morte de Nadjane devem ficar prontos em até 30 dias.
Em nota, a Polícia Militar (PM) informou que por volta das 9h40 deste domingo (9) policiais militares da 49ª CIPM foram acionados para atender a uma ocorrência de um corpo encontrado na Cia Aeroporto, BA 526. Quando os policiais chegaram ao local verificaram a veracidade do fato, isolaram a área e permanecem no local aguardando o Serviço de Investigação em Local de Crime (SILC) para a remoção do corpo e realização da perícia técnica”, disse a polícia.
Fonte: correio24horas