Muitos brasileiros se sentem solidários com as vítimas de mortes violentas na guerra civil da Síria, uma verdadeira barbárie em que a maioria das mortes é de civis.

O que muitos não sabem é que, entre 2011 e 2015, a violência no Brasil matou mais pessoas que a Guerra da Síria, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

Entre janeiro de 2011 e dezembro de 2015, o Brasil teve um total de 279.567 assassinatos, uma média mensal de 4.659,4 vítimas. Os dados incluem as ocorrências de homicídio doloso, latrocínio (roubo seguido de morte), lesão corporal seguida de morte e morte decorrente de ações policiais.

Na Síria, entre março de 2011 e novembro de 2015, a guerra causou 256.124 mortes, segundo estimativa da Agência da Organização das Nações Unidas para os Refugiados. A média para esse período é de 4.493,4 mortes por mês.

Como na Síria, crianças e adolescentes estão sendo mortos de forma violenta no Brasil. Segundo um estudo publicado no ano passado pelo Programa de Estudos sobre Violência da Flacso (Faculdade Latino Americana de Ciências Sociais), em 2013 foram assassinados 10.520 crianças e adolescentes no país, resultando em uma média de 29 casos por dia. O ano de 2013 é o último com dados disponíveis.

Em números, o Brasil pode se comparado com um país em guerra, com uma morte violenta a cada 9 minutos. No total, 58 mil pessoas morreram no país em 2015 vítimas de crimes violentos e intencionais.

Os Estados do Nordeste e do Norte do país foram os que mais registraram mortes, em termos proporcionais com a população. Sergipe se tornou o estado mais violento do Brasil em 2015, com 57,3 assassinatos a cada grupo de 100 mil pessoas, superando Alagoas, que ficou em segundo lugar (50,8).

Os estados que registraram as menores taxas de mortes violentas intencionais foram São Paulo (11,7) e Santa Catarina (14,3).

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