Golpe da Mangueira: Será que você está sendo lesado nos postos de combustíveis?
por Léo de Topó
O Brasil, conhecido por suas belezas naturais e cultura rica, agora também ganha destaque por golpes cada vez mais criativos nos postos de combustíveis. Depois do famoso “golpe da bomba fantasma” viralizar nas redes sociais, um novo golpe chamado de “golpe da mangueira” está deixando os consumidores em alerta.
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O “golpe da mangueira” foi denunciado por um cliente através de um vídeo compartilhado nas redes sociais. De acordo com o motorista, os postos de combustíveis estariam lesando os clientes ao deixarem de entregar aproximadamente um litro de combustível a cada abastecimento. A forma como isso acontece é engenhosamente simples: o frentista, ou outro profissional responsável pelo abastecimento, realiza o procedimento com a mangueira dobrada.
Nessa manobra, cerca de um litro de combustível fica acumulado na mangueira, não chegando efetivamente ao tanque do consumidor, mas ainda sendo cobrado integralmente. Esse golpe vem se tornando uma prática mais comum, deixando os motoristas desconfiados e preocupados com a possibilidade de serem enganados.
A solução apresentada pelo cliente para evitar cair nesse golpe é esticar a mangueira sobre o carro antes de iniciar o abastecimento. Dessa forma, o combustível retido na mangueira seguirá o caminho correto até o tanque, e o preço pago será equivalente ao que de fato entrou no veículo.
No entanto, ao consultar as empresas fornecedoras de bombas para postos de combustíveis e a Raízen, responsável pela distribuição dos produtos da Shell no Brasil, surgiu uma visão diferente. De acordo com as empresas, embora a dica do cliente tenha certa lógica, ela é desnecessária, pois ninguém estaria sendo lesado.
As empresas alegam que, ao iniciar o abastecimento, já há um volume parado na mangueira de um processo anterior. Esse volume, por si só, seria suficiente para compensar a eventual perda do litro causada pela mangueira dobrada. Elas afirmam que a mangueira tem apenas o papel de levar o combustível da bomba até o tanque do carro, e o controle de volume do combustível é feito pelo motor de sucção dos tanques no solo.
Em resumo, todo o volume eventualmente retido na mangueira já foi computado após passar pelo medidor. Sendo assim, esticar ou não a mangueira não teria influência sobre o volume abastecido.
Apesar das explicações das empresas, alguns motoristas permanecem céticos em relação à questão. Afinal, o golpe da bomba fantasma também foi inicialmente negado pelas companhias, até se comprovar a sua existência.
Portanto, fica o alerta aos consumidores para ficarem atentos em seus abastecimentos. Embora as empresas neguem a existência do golpe da mangueira, é sempre importante agir com cautela e observar o procedimento do abastecimento para evitar possíveis prejuízos. Ao perceber qualquer irregularidade, é fundamental denunciar aos órgãos competentes para que a situação seja investigada e devidamente esclarecida.
Lembrando que, caso o consumidor se sinta lesado ou tenha dúvidas quanto ao volume abastecido, pode recorrer aos órgãos de defesa do consumidor para obter orientações e, se necessário, exigir uma verificação mais detalhada do procedimento de abastecimento. Afinal, conhecimento e consciência são as melhores armas para enfrentar qualquer tipo de golpe.
Um minuto, por favor…
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