Algumas mulheres ganham cerca de 30 reais por dia, atendendo cerca de cinco clientes diariamente

Em praticamente qualquer cidade ou país onde você vá, você encontrar lugares destinados à prostituição. Entretanto, um desses pontos, localizado na Nigéria, chama a atenção por sua periculosidade, e acabou atraindo jornalistas e estrangeiros curiosos. Na cidade nigeriana de Lagos, mais especificamente no bairro de Badia, um grupo de mulheres se reúne diariamente para fazer programas que custam em torno de 2 dólares. No entanto, os clientes precisam estar cientes de um detalhe: as mulheres possuem HIV.

Essa peculiaridade fez com que as mulheres fossem apelidadas de “anjas da morte”, já que aqueles que utilizam seus serviços estão praticamente brincando com a própria vida. Normalmente, as mulheres que optam por trabalhar neste lugar já estão na fase final de suas vidas. Isso porque a AIDS, que não é um problema apenas na Nigéria, mas praticamente em toda África, muitas vezes não é tratada em países africanos. De acordo com as Nações Unidas, 80% dos africanos infectados não possuem acesso à tratamento.

O jornalista Ton Koene se aventurou no bairro onde atuam as “anjas da Morte”, e fez algumas fotografias da realidade encontrada no local. “Se você chega de carro, pode sentir o cheiro do HIV lá de fora”, disse o condutor de um táxi a Koene, em um comentário no mínimo desrespeitoso, de acordo com uma matéria do Mirror.

“Quanto mais jovem e bonita é a garota, mais cara ela é. Os homens visitam as garotas de programa como se estivessem caminhando em uma padaria”, disse o taxista. No local existem mulheres até mesmo menores de idade, e os riscos não se resumem ao HIV, mas também existem relatos de agressões físicas, sexuais e sequestros.

Algumas mulheres ganham cerca de 10 dólares por dia, atendendo cerca de cinco clientes diariamente. Para conseguir mais clientes, elas precisam se exibir.

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