Jaques Wagner

Jaques Wagner prefere não disputar eleições em outubro; diz Veja

Embora em público mantenha o discurso de que pretende entrar na disputa ao Governo da Bahia de pé, se depender apenas da vontade de Jaques Wagner (PT), ele não seria candidato nas próximas eleições, segundo aliados do senador ouvidos pela coluna Radar da revista Veja.

De acordo com a publicação, o petista, que ainda tem mais quatro anos de mandato como senador, prefere não encarar as urnas em outubro e contar com a possibilidade de ser ministro em um eventual governo Lula, a partir do ano que vem.

Na semana passada Wagner, o governador Rui Costa e o senador Otto Alencar se encontraram com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em São Paulo. Na reunião, Rui definiu que seria candidato ao Senado e obrigou os aliados a se adaptarem para não ruir o tripé formado entre PT, PSD e PP na Bahia. Com a decisão do governador, o senador Otto, que seria candidato à reeleição, seria deslocado para a candidatura ao Palácio de Ondina.

O encontro, nesta terça-feira (15), entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador Rui Costa e o senador Jaques Wagner ainda não foi encerrado , porém os caminhos para a chapa majoritária do grupo parecem ter sido resolvidos de maneira unilateral ao longo dos últimos dias. Rui definiu que seria candidato ao Senado e obrigou os aliados a se adaptarem para não ruir o tripé formado entre PT, PSD e PP na Bahia. Com a decisão do governador, o senador Otto Alencar (PSD), que seria candidato à reeleição, seria deslocado para a candidatura ao Palácio de Ondina.

De acordo com informações obtidas pelo Bahia Notícias, coube apenas a Rui a decisão de ser candidato ao Senado, sem sequer ouvir aliados. A situação gerou desconforto e houve um esforço para encontrar um denominador comum entre Wagner e Otto, que são aliados desde 2010 – o segundo mandato do petista teve o social-democrata como vice. Após um diálogo demorado, Wagner indicou que abriria espaço para que Otto fosse então candidato ao governo – ainda que o desejo inicial do senador fosse permanecer no cargo.

O arranjo contemplaria apenas PT e PSD, restando a vaga de vice para uma definição até o começo de abril, prazo final para desincompatibilizações. O Progressistas, de João Leão, herdaria um mandato tampão de 9 meses e, conforme avaliação de lideranças da esquerda, perderia a preferência por continuar na chapa. Esse entrave deve ser solucionado apenas ao longo das próximas semanas.