Caos administrativo em Lauro de Freitas: Débora Regis herda uma bomba fiscal e uma cidade à beira do colapso
por Léo de Topó
Se você acha que caos só acontece em grandes metrópoles, é porque ainda não conhece a cidade de Lauro de Freitas. Para quem pensava que o novo governo de Débora Regis (União Brasil) seria uma brisa suave e refrescante após o furacão Moema Gramacho, o clima não poderia ser mais “tempestuoso”.
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Primeiro, o que é que a ex-prefeita Moema Gramacho deixou para Débora? Parece que a herança não era nada “fofa”, se é que me entende. Aliás, de “fofa” não tinha nada. Em vez de um tapete vermelho, Moema mais parecia ter deixado um verdadeiro campo minado, com uma folha de pagamento de dezembro de R$ 42 milhões – e nada de pagamento. E não para por aí: professores? Nem sombra de seus salários, apesar dos R$ 15,7 milhões que a prefeitura recebeu do Fundeb. Parece até que Moema estava mais focada em garantir a rescisão de 70 de seus aliados do que garantir a comida na mesa dos professores. E adivinha só? R$ 1,5 milhão foi para pagar essas rescisões. Com o dinheiro dos contribuintes, claro.
E não podemos esquecer da Coelba, que estava quase cortando a energia dos órgãos municipais, pois Moema deixou nada menos que R$ 2,5 milhões de dívida. Aí entra Débora Regis, fazendo um acordo para evitar o “apagão”. Na boa, Lauro de Freitas estava com um saldo energético tão ruim que nem o sol conseguia brilhar ali.
O caos não para por aí. Débora herdou um montante de dívidas de curto prazo que beira os R$ 150 milhões, além de pendências previdenciárias de mais de R$ 50 milhões. Em resumo, a cidade está com tanto buraco que parece que alguém literalmente esqueceu de colocar um “Fechado para Obras” por ali.
E se você achou que a reta final da gestão de Moema não poderia ficar mais surreal, bem… prepare-se. A ex-prefeita fez questão de garantir que pelo menos quatro de suas secretárias e 70 aliados tivessem suas rescisões pagas, somando R$ 1,5 milhão. Mas quem se importa com salários de professores, não é mesmo? Ah, e ainda teve a cereja do bolo: uma empresa ligada ao marido de uma amiga muito próxima de Moema recebeu mais de R$ 1 milhão, pagos com recursos do Fundeb de dezembro. E quem é que ficou sem o salário? Isso mesmo, os professores. Alguém precisa explicar para a galera que “Fundeb” não é sinônimo de “fundo de luxo para amigos”.
Claro que isso chamou a atenção dos órgãos de controle, que estão olhando de perto para ver como esse jogo vai acabar. E, sejamos francos, com tudo o que aconteceu, até parece que a cidade poderia passar a ser governada por um “imparcial tribunal de avaliação”, com todas as dívidas pendentes e questões sérias que precisam de respostas. Quem sabe um pouco de sorte para Débora – ou, no mínimo, para os professores que ainda esperam os seus salários!
Em suma, Lauro de Freitas passou de um caos financeiro a um verdadeiro circo de desorganização. E a pergunta que fica é: o que mais pode acontecer de tão absurdo que a cidade ainda não viu? Continuem acompanhando, porque a história está longe de terminar – e, pelo visto, vai ter muito mais trapalhada pela frente!
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