Lei Paulo Gustavo

Será que o encontro de artistas em Lauro de Freitas é apenas mais uma promessa vazia das autoridades?

Artistas de Lauro de Freitas discutem a aplicação da Lei Paulo Gustavo em prol da cultura. Na noite da última sexta-feira (05), o Teatro João Gilberto recebeu produtores culturais, trabalhadores da cultura e economia criativa, audiovisual, artesanato, música, artes cênicas, comunidades tradicionais (indígenas e quilombolas), que se reuniram para conhecer as diretrizes, áreas de aplicabilidade e o caráter inclusivo da Lei Complementar nº 195/2022, também conhecida como Lei Paulo Gustavo.

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A lei foi pensada para incentivar a cultura e garantir ações emergenciais, especialmente aquelas decorrentes das consequências da pandemia da Covid-19 no Brasil. O mecanismo prevê o repasse direto dos recursos da União aos estados e municípios e investirá R$ 3,8 bilhões no setor cultural brasileiro até o final de 2023.

A Lei Paulo Gustavo prevê a destinação de R$1.751.244,36 para o município. Desse total, R$ 927.702,54 serão destinados ao apoio a produções audiovisuais, R$ 212.138,45 para apoio às salas de cinema, R$ 106.519,57 para captação, formação e qualificação no audiovisual, festivais e mostras, e outros R$504.865,80 para apoio às demais áreas da cultura.

A oitiva realizada no Teatro João Gilberto foi a primeira de três encontros que garantirão a participação plural do segmento para a implementação da lei no município. É um momento que faz parte das etapas de construções, para ouvir os fazedores de cultura e assim seguir com o processo de forma democrática desse recurso importantíssimo para o setor. Ainda haverão mais dois encontros como este, um na escola municipal Félix Cardoso, em Portão, no dia 19 de maio, e outro no dia 26 de maio, no Clube Ipitanga, no Centro.

A lei Paulo Gustavo é uma importante medida para a cultura brasileira, especialmente em um momento tão delicado como o atual, com a pandemia ainda afetando o setor cultural de maneira significativa. Os recursos previstos pela lei são fundamentais para a continuidade das atividades culturais e para o fortalecimento da economia criativa.

Além disso, a participação da classe artística na elaboração das diretrizes e na implementação da lei é essencial para garantir que os recursos sejam aplicados de maneira adequada e em consonância com as necessidades do setor.

A expectativa é que, após a sanção da lei, os recursos sejam aplicados de maneira eficiente e transparente, com a realização de editais para a seleção dos projetos mais relevantes e a distribuição dos recursos de acordo com o cronograma nacional. Assim, espera-se que a cultura brasileira possa se fortalecer e se recuperar dos impactos causados pela pandemia.

Quem sancionou a Lei Paulo Gustavo?

A Lei Paulo Gustavo foi sancionada pelo ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, em março de 2022. Ela recebeu esse nome em homenagem ao ator e comediante Paulo Gustavo, que faleceu em maio de 2021, vítima da Covid-19. Paulo Gustavo era uma figura importante no cenário cultural brasileiro e sua morte chocou o país, levando muitas pessoas a defenderem a criação de uma lei que garantisse recursos e ações emergenciais para o setor cultural durante a pandemia. A Lei Paulo Gustavo foi uma resposta a essa demanda e prevê o repasse de R$ 3,8 bilhões para o setor cultural até o final de 2023