Vigilante é assassinado

Vigilante é assassinado na Vasco da Gama em Salvador

Homem estava a caminho do trabalho quando foi surpreendido no meio do trânsito

O vigilante Gilberto Marques dos Santos Júnior, 28 anos, trabalhava fazendo a segurança de um condomínio no Horto Florestal há quatro anos. Vigilante é assassinado…

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No final da tarde desta quinta-feira (7), quando estava a caminho do trabalho, na altura do cruzamento que fica em frente ao supermercado Extra, na Avenida Vasco da Gama, foi surpreendido e morto a tiros por bandidos que estavam a bordo de um outro veículo, ainda não identificado pela polícia.

Vigilante é assassinado
Gilberto foi assassinado quando estava a caminho do trabalho (Foto: Reprodução)

De acordo o perito do Departamento de Polícia Técnica (DPT), responsável pelo levantamento cadavérico, Gilberto tinha cerca de 18 lesões no corpo, provocadas por pelo menos sete tiros, considerando marcas de entrada e saída, além de projéteis encontrados no local.

A maioria dos tiros atingiu o rosto do rapaz, que morreu dentro do próprio carro, modelo Gol, com placa Mercosul KJL4F01. De acordo com o delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Líbio Braga, não há indícios de que a vítima, que não estava armada, tinha envolvimento com o crime.

“Ainda não chequei o histórico criminal dele, mas a família afirma que Gilberto era um trabalhador e nós estamos buscando informações que ajudem a identificar os autores do crime”, afirmou Líbio, acrescentando que o rapaz vestia a farda da empresa Maxfort.

O delegado solicitou que, caso alguém tenha anotado a placa ou visto o modelo do carro ocupado pelos bandidos, entre em contato com a Polícia Civil por meio do número do Disk Denúncia do DHPP, pelo telefone 3235-0000. O anonimato é garantido.

Por causa do crime, o trânsito ficou congestionado na avenida Vasco da Gama, sentido Rio Vermelho, do final da tarde até a retirada do corpo, por volta das 20h. O retorno em frente ao supermercado foi bloqueado pela Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador), para a realização do levantamento cadavérico.

Família foi ao local do crime

Gilberto foi morto, segundo a polícia, por volta de 17h30, e teve o corpo retirado do local duas horas e meia depois – a tempo da família acompanhar a remoção do cadáver. Mãe, pai, esposa e tio da vítima acompanharam o trabalho dos peritos.

No carro de Gilberto, um detalhe sugeria que, além dos familiares presentes, o rapaz deixa também uma filha. Um sapatinho com detalhes em rosa e azul enfeitava o painel do veículo. A informação foi confirmada pela mãe da vítima, a dona de casa Osvaldina Maria Santos, 50.

Morador do Engenho Velho de Brotas, o vigilante era pai de uma menina de 5 anos, fruto do atual casamento. Aos prantos, a esposa de Gilberto preferiu não falar com a imprensa.

Ao lado da viúva, a mãe de Gilberto disse que o filho nunca sofreu qualquer tipo de ameaça.

Me senti muito mal, nunca pensei que iria estar aqui. Meu filho era um homem bom, se dava com todo mundo. Tinha suas desavenças, como todo mundo tem. Não sei se isso causou a morte, acho que não, mas o mundo está tão violento [que eu não sei, lamentou.

O corpo de Gilberto foi levado para o Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IMLNR), onde aguarda liberação da família. Ainda não há informações sobre o sepultamento. O crime vai ser investigado pelo DHPP.