Natha Sympson, Drag queen 19 anos, se apresentou no Odorico Tavares para um projeto LGBT

A performance da drag queen Natha Sympson, 19 anos, durante um projeto sobre identidade e gênero no Colégio Estadual Odorico Tavares, no Corredor da Vitória, em Salvador, causa polêmica na internet. O vídeo da apresentação foi divulgado no Facebook e foi alvo de críticas, inclusive do deputado federal Delegado Francischini.

“Acreditem, isto é uma ESCOLA! Desde quando STRIP-TEASE VIROU EDUCAÇÃO?”, questionou o parlamentar na rede social.

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O vídeo também foi compartilhado em uma página de seguidores do deputado federal Jair Bolsonaro. Nesse espaço, Natha foi alvo de ameaças. “Juro, que se descobrisse que isso foi na escola de meu filho, eu ia dar uma pisa de pimba de boi seca no lombo dum diabo desses!!!”; “Da vontade de arrumar uma arma e sair matando um por um, Deus não permite é imundície, podre e sujo, não é pecado nesse caso! É ainda por de cabeça p baixo p ir para o inferno logo esses vermes imundos (SIC)”; “Enquanto não começar a matar essas desgraças, não vai parar, senta o aço nesses lixos…”.

Outros internautas também criticaram o fato da apresentação, que foi ao som de Pablo Vittar, ter acontecido em um ambiente escolar, já que no local há presença de muitos jovens menores de idade.

“Se liga na palhaçada nas escolas”; “lixo…lixo…lixo”; “ridículo, absurdo, escola é para se estudar”; “porcarias, escrementos, vermes”; “vergonha nacional! Por isso nossas escolas estão com o índice de aprendizado no lixo”, foram alguns dos comentários.

Também houve  quem argumentasse que não tem necessidade do colégio realizar uma performace “sensual” para abordar o assunto. “O ambiente escolar é para estudos e debates. O mais correto seria abordar o assunto através de uma palestra com profissionais qualificados para discutir sobre o assunto com respeito e inclusão”, comentou um usuário.

“Vamos falar de gênero?.. perderam a oportunidade de falar seriamente de gênero.. tem que ser muito burro pra achar que isso ajuda o movimento de vcs. LGBT é só isso?. Ficar semi pelada, fazer danças sensuais?.. Se falar de gênero resumiu a isso, precisamos urgentemente de uma escola sem partido”, disse outro internauta no Instagram.

Apesar da repercussão negativa, a drag queen também foi elogiada: “Maravilhosa”; “arrasou”; “linda” e “pisa menos!”.

Questionada pela equipe do Portal A TARDE, Natha declarou que “não vai se abalar com a chuva de críticas que vem recebendo” e complementa: “vai ter representatividade LGBT, nas escolas, sim!”. Além disso, ela ainda contou que “foi muito bem recebida na escola e que não tinha criança no local. Os jovens que estavam presentes tinham a partir de 16 anos”.

Drag queen

*Sob supervisão da editora Paula Pitta

https://www.facebook.com/FernandoFrancischiniBR/videos/1372627246174551/

 

 

Fonte: A Tarde