A partir de agora, a soldado vai atuar com mais técnica nas ações que objetivam a diminuição dos Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLIs).
Aos 31 anos, a soldada Alana Benedetto, lotada na Companhia Independente de Policiamento Tático (Rondesp Atlântico), é a primeira policial militar da Bahia a se tornar especialista em Patrulhamento Tático Móvel (Patamo), subunidade do Batalhão de Polícia de Choque, criada para atuar em ações emergenciais nos bairros em situações de grandes confrontos.
Educadora física, ela está há seis anos na Polícia Militar.
Famoso pela rigidez nas provas, o Curso de Patrulhamento Tático Móvel (Cpatamo) formou, na última semana, a segunda turma, aprovando apenas 25 dos 49 inscritos. Alane, que alcançou a sexta colocação, estava na segunda tentativa para integrar o seleto grupo de oficiais e praças especialistas em Tático Móvel. “Não pude me inscrever na primeira, devido ao limite vagas, mas fui me preparando durante um ano, concentrando-me em atividades físicas mais pesadas, para ficar em condições de participar desta segunda turma”, afirma.
As marcas nas mãos mostram o tamanho do desafio enfrentado por ela para se tornar um dos destaques da turma e obter o segundo lugar na prova de montagem e desmontagem de armas. “Ultrapassei todas as etapas, como qualquer outro policial. Suportei dor, cansaço, sono, masu não sofri sozinha, pois não há diferença de tratamento. Todos vivenciam as mesmas dificuldades”, explica.
A partir de agora, a soldado vai atuar com mais técnica nas ações que objetivam a diminuição dos Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLIs). “Sinto-me preparada para encarar situações de grandes confrontos, mantendo a ideia de boa relação com a comunidade”. Alane, que também faz parte de projetos sociais, envolvendo crianças e adolescentes em áreas de vulnerabilidade social, com práticas esportivas, se inspira na mãe e na avó. “São minhas guerreiras, meus espelhos de luta. Na solenidade de encerramento do Cpatamo, vi minha avó, emocionada, chorar pela primeira vez”.
