Fahd Jamil

Muriel Corrêa e Riadi Salem são sobrinhos de uma das esposas do “Rei da Fronteira” Fahd Jamil

Dois sobrinhos do empresário Fahd Jamil, o “Rei da Fronteira”, estão entre os quatro homens executados e enterrados em uma cova rasa na zona rural de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande.

Muriel Correia era filho de Clerio Carlos Corrêa, irmão da segunda mulher de Fahd Jamil, Cledina Correia. Clerio morreu de infarto em setembro de 2019, aos 62 anos. O Volkswagen Polo azul encontrado queimado na manhã de terça-feira (24) estava registrado em nome de Clerio.

O outro parente de Fahd seria Riadi Salem, neto de Maria Nilva, outra irmã de Cledina. Os outros dois corpos seriam de Felipe Bueno, morador em Ponta Porã, e Cristián Gustavo Torales. Desde terça-feira o Campo Grande News apura a história e já tinha chegado a esses quatro nomes.

O único oficialmente identificado até agora foi o corpo de Gustavo. A mãe dele foi ao local os cadáveres estavam enterrados em uma cova rasa e reconheceu o corpo do filho. Ele seria empregado de Flavio Jamil Georges, o Flavinho, filho de Fahd Jamil com Cledina.

O promotor de Justiça Álvaro Rojas confirmou que os corpos têm ligação com os dois carros encontrados queimados há dois dias. Ele informou que os cadáveres têm sinais de tortura. Os quatro homens foram executados a tiros de fuzil.

A reportagem apurou que há duas hipóteses para o sequestro e execução dos quatro rapazes. Uma delas seria uma briga entre Flavinho Jamil com o parente de outro bandido da fronteira durante festa de aniversário.

Os quatro mortos estariam acompanhando Flavinho na festa. Como não conseguiram pegar o filho de Fahd, os rivais se vingaram nos empregados dele. Os quatro foram levados segunda-feira à noite de um cassino em Pedro Juan Caballero.

Outra versão envolve a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), que estaria aproveitando o momento de enfraquecimento da quadrilha de Fahd Jamil para atacar o “ex-rei da fronteira”.

O comissário Rubén Galeano, da Polícia Nacional, confirmou que existiam boatos sobre o desaparecimento de várias pessoas após uma festa de aniversário, mas os familiares não chegaram a registrar denúncia.