Se a família do capitão não tem nada a esconder

Se a família do capitão não tem nada a esconder…

O motorista-assessor (sic) que movimentou, em sua conta bancária, mais de um milhão e duzentos mil reais? Não saberiam o endereço de um assessor de tantos anos? Eles precisam deixar de esconder e explicar o que se segue: Se a família do capitão não tem nada a esconder…

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1) Onde está ele? Por que não esclarecer esta estranha situação? Há algo ilícito a esconder?
Estão combinando uma versão que seja, ao menos, verossímil?

2) Onde estão os familiares do motorista milionário Queiroz, pois sua esposa e duas filhas também foram assessores da família do capitão eleito?

3) Por que a esposa do capitão truculento não explica logo o depósito, em sua conta bancária, da quantia de vinte e quatro mil reais, feito pelo motorista milionário Fabrício Queiroz?

4) Por que o motorista milionário sacava sempre e reiteradamente quantia inferior a dez mil reais, sempre em espécie?

5) Por que também não explicam uma estranha movimentação feita por assessora do capitão, também da família do Fabrício Queiroz?

6) Um motorista de deputado pode ganhar mais de vinte e três mil reais por mês?

7) Enfim, por que escondem todas estas e outras informações?

8) Por que o Ministério Público ou a Polícia Federal não instaurou uma investigação formal ? Como dizer que não houve ilicitude se nada foi investigado?

Acho que o futuro senador quis dizer algo meio diferente, qual seja, que não tem mais nada a esconder além do que estão escondendo…

Em tempo: embora fugindo um pouco do tema supra, cabe ressaltar que não faz sentido o futuro ministro Onyx Lorenzoni questionar a delação da Odebrecht pois ele CONFESSOU PUBLICAMENTE (o vídeo está no Youtube) que recebeu cem mil reais como “Caixa 2”. Ao menos, está caracterizado um crime eleitoral. Já há prova suficiente para a instauração do processo penal!
Acho que as suas desculpas e o “perdão” do Sérgio Moro ainda não são causas extintivas de punibilidade…

Se a família do capitão não tem nada a esconder

Afranio Silva Jardim, professor associado de Direito Processual Penal da Uerj.