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Governador do PT reivindica autoria de obra que será inaugurada por Bolsonaro

Novo aeroporto de Vitória da Conquista receberá presidente em evento na terça (23)

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), e o presidente Jair Bolsonaro (PSL) travam uma disputa de bastidor pela paternidade da obra do novo aeroporto de Vitória da Conquista (518 km de Salvador).

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A obra será inaugurada na próxima terça-feira (23), quando avião presidencial com Jair Bolsonaro irá aterrissar na cidade no voo inaugural do aeroporto.

Com um investimento de R$ 106 milhões, sendo R$ 75 milhões do governo federal e R$ 31 milhões do governo do estado, o novo aeroporto tem capacidade para atender até 500 mil passageiros por ano. Foi batizado com o nome do cineasta Glauber Rocha, que nasceu em Vitória da Conquista.

Em uma peça publicitária divulgada nesta quarta-feira (17), o governo da Bahia reivindica a autoria do aeroporto e ironiza, por meio de uma canção do repentista Onildo Barbosa, a profusão de “pais da obra”.

Quando o filho é bonito, qualquer pai quer assumir / o aeroporto é lindo venha e ver e aplaudir / foi o governo do Estado que deu um duro danado / e conseguiu construir, canta o repentista.

O próprio governador Rui Costa, por sua vez, disse que convidou o presidente para participar da inauguração pelo fato de ele “representar o ente federal”.  Mas fez questão de destacar que não houve repasses para a obra na gestão do presidente Bolsonaro.

Mesmo o atual governo não tendo contribuído com um real, porque todo o pagamento foi feito até novembro [de 2018], entendo que o atual governo representa o ente federal. Se tem recurso federal, eu fiz questão de ligar para o ministro e estendi o convite para o presidente da República, disse Costa nesta quarta-feira (17).

O líder do DEM na Câmara dos Deputados, Elmar Nascimento, ironizou o convite do governador ao presidente.

É a mesma coisa de convidar o aniversariante para o aniversário dele. A festa é do presidente porque foi uma obra financiada majoritariamente com recurso federal, afirma o deputado.

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Ele ainda lembra que R$ 40 milhões para a obra foram garantidos por uma emenda de bandada coordenada pelo então senador ACM Júnior (DEM), que assumiu o mandato no Senado em 2007 após a morte do pai.