Lauro de Freitas

Trabalhadores da empresa BTM, que opera 20 linhas em Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador, paralisaram as atividades no início da manhã desta segunda-feira (27). Eles fizeram um ato na garagem da companhia, no bairro do Caji, para reivindicar pagamento de salários e outros direitos trabalhistas.

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Os rodoviários fizeram uma assembleia para definir os rumos do movimento e os veículos não circularam nas primeiras horas da manhã. Os primeiros ônibus começaram a sair da garagem por volta das 7h30.

O diretor administrativo do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário da Região Metropolitana (Sindmetro), Catarino Fernandes, afirma que cerca de 25% dos trabalhadores ainda não receberam o salário do mês de agosto.

“Tínhamos a garantia de receber sexta-feira (24) e esses repasses não foram feitos. Hoje não nos restou alternativa a não ser parar”, disse ele, acrescentando que o plano de saúde estava suspenso por débitos, porém, no meio da semana passada foi regularizado.

“Nós retornamos as atividades, nesta segunda-feira com a garantia que receberíamos os soldos até amanhã. Caso amanhã não retorne, na quarta-feira nós paralisaremos de novo”.

Ainda conforme Catarino, a empresa mudou de direção em junho e desde então há um impasse no pagamento salarial.

A Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba) informou que há duas formas de o passageiro pagar a passagem: em dinheiro e bilhetagem eletrônica. Para a empresa receber os valores correspondentes aos pagamentos pela bilhetagem, os dados são apurados por uma câmara de compensação.

Ainda segundo a Agerba, o órgão não foi procurado oficialmente pela empresa para questionar o desequilíbrio alegado e acrescentou que o repasse acontece desta forma desde 2015, após a realização de um acordo entre empresas operadoras do sistema, metrô e governo da Bahia.

Cerca de 60 ônibus da empresa prestam serviço em L. de Freitas e circulam nos bairros de Buraquinho, Portão e Itinga, além de bairros da orla marítima. Também fazem ligação com o metrô e bairros de Salvador, como Boca da Mata, Itapuã e Itaigara.

Catarino Fernandes informou que a companhia necessita de mais veículos, por causa do aumento da demanda com o retorno das aulas e da retomada das atividades comerciais.

“Tínhamos 205 ônibus em operação e hoje amargamos com 48 operando, precisando de 75 veículos com o retorno das aulas agora. O modelo que está sendo feito aqui, de repasse às empresas, segundo os proprietários, está causando desequilíbrio e isso está tenho dificuldade no provento dos trabalhadores”, disse. A reportagem solicitou posicionamento da prefeitura de L. de Freitas e da empresa BTS, mas não obteve retorno até as 12h desta segunda0-feira.

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