Repórter revela que sofreu estupro coletivo durante cobertura jornalística

Eles arrancaram todas as minhas roupas e me estupraram com as mãos, com mastros de bandeira e com paus, descreveu Lara Logan

A repórter norte-americana Lara Logan revelou que sofreu estupro coletivo durante cobertura jornalística. Em entrevista ao site Newsweek, Lara Logan contou que foi estuprada por uma multidão de homens enquanto fazia a cobertura da renúncia de Hosni Mubarak pela CBS News. O caso aconteceu no dia 11 de fevereiro de 2011, no Egito. Repórter revela que sofreu estupro

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“As pessoas estavam comemorando. Parecia uma multidão pró-americana. De repente, nosso tradutor virou para mim com um olhar de puro terror e disse: ‘Corra, corra!’ Senti pessoas agarrando entre as minhas pernas. Fiquei bastante atordoada. Nossa segurança, Ray Jackson, e o resto de nós correu, e outros na multidão estavam correndo conosco. Pensei que estávamos fugindo, mas alguns dos homens correndo junto de nós se tornaram meus estupradores”, contou Lara.

Repórter revela que sofreu estupro

Ray me disse para ficar de pé e me agarrar nele. Se eu fosse derrubada, morreria. Lutei contra o ataque da melhor maneira possível por 15 minutos, mas eles arrancaram todas as minhas roupas e me estupraram com as mãos, com mastros de bandeira e com paus. Eles me sodomizaram várias vezes. Estavam lutando pelo meu corpo. Houve um momento em que desisti e não pude mais me segurar em Ray, mas fiquei pensando nos meus dois bebês, detalhou a repórter. 

“Era tão difícil respirar; havia tanta pressão na minha caixa torácica. Eles tentaram arrancar meus membros. Eu caí e não consegui me levantar. Foi um frenesi louco para um pedaço de mim. Eles arrancaram cachos do meu cabelo.Nesse caos, fui arrastada para uma área onde mulheres e crianças estavam acampadas e protestando. Caí no colo de uma mulher. Estava nua e histérica e alguns garotos se colocaram entre os homens e essa mulher egípcia. As pessoas jogaram roupas para mim”. 

Na entrevista, Lara Logan disse que foi envola em uma capa usada por mulheres da região e levada para um jipe, onde se reuniu com sua equipe. Ela foi sedada em seu hotel e levada de volta para os Estados Unidades, onde passou quatro dias hospitalizada. Lara ainda lembrou que chegou a receber uma ligação do então presidente dos EUA, Barack Obama, para falar sobre o ocorrido. 

A repórter chegou a falar sobre o ocorrido para outros veículos, que por razões políticas, preferiram não noticiar a violência.