Rei Momo de Salvador e Lauro de Freitas

Ele havia sido diagnosticado com um linfoma

O diretor de teatro, produtor cultural e Rei Momo do Carnaval de 2016, Duzinho Nery, 43 anos, morreu nesta quarta-feira (29). Ele lutava contra um linfoma e estava internado.

O Departamento LGBT de Lauro de Freitas divulgou nota lamentando a morte do ativista cultural. “Neste momento de dor, nos solidarizamos com os familiares e amigos, expressando os nossos sinceros sentimentos”, diz a nota.

Nesse mês, Duzinho havia lançado o livro “O Diário do Rei – Confissões de uma Majestade do Carnaval de Salvador”, no Cine Teatro de Lauro de Freitas. Na obra, ele relembrava a conquista do título de Rei de Momo e contava fatos inusitados sobre a época. Em 2018, ele foi Rei Momo também em Lauro de Freitas.

Nas redes sociais, o irmão de Duzinho, Alan, que também já foi Rei Momo, lamentou a perda. Ele usou a Oração do Ator para se despedir do irmão. “Enfim, para quando eu não mais existir, a minha atuação aqui na Terra não tenha sido em vão, e que, quando cair o pano, no ato final, todos aqueles que convivem comigo, possam aplaudir-me gritando: Bravo, Bravo!”.

O sepultamento de Duzinho será nesta quinta-feira (30), a partir das 10h, no Cemitério Bosque da Paz.

O linfoma é um tipo de câncer que afeta os linfócitos, que são células responsáveis por proteger o corpo de infecções e doenças. Este tipo de câncer desenvolve-se principalmente nos linfonodos, também conhecidos como ínguas, que se encontram na axila, virilha e pescoço, levando à formação de caroços e que pode causar sintomas como febre, suor noturno, cansaço excessivo e emagrecimento sem causa aparente.

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Em geral, o linfoma é mais comum em adultos do que em crianças, sendo que, algumas pessoas podem ter maior risco de desenvolver a doença, como aquelas que têm histórico familiar de linfoma, que têm alguma doença que provoca imunidade baixa ou que foram infectadas por certos vírus como HIV, Epstein-Barr ou HTLV-1.

Existem dois tipos de linfoma, que podem ser diferenciados pelas características das células malignas encontradas nos exames de diagnóstico, como:

  • Linfoma de Hodgkin, que é mais raro, afeta pessoas mais velhas e atinge células de defesa do corpo específicas, os linfócitos do tipo B;
  • Linfoma de não-Hodgkin, que é mais comum e geralmente se desenvolve a partir de linfócitos B e T.

O diagnóstico dos dois tipos de linfoma é feito através de exames de sangue, exames de imagem e biópsia de medula óssea e o tratamento é baseado, principalmente, na realização de quimioterapia, radioterapia e transplante de medula óssea. Se for diagnosticado precocemente e se o inicio do tratamento for feito o quanto antes, as chances de cura do linfoma são altas.

Principais sintomas

Os principais sintomas do linfoma são febre constante, suor noturno e presença de linfonodos aumentados, percebidos pela presença de caroços no pescoço, axila ou virilha. Outros sintomas que podem ser indicativos de linfoma são:

  • Cansaço excessivo;
  • Coceira;
  • Mal-estar;
  • Perda do apetite;
  • Emagrecimento sem causa aparente;
  • Falta de ar e tosse.

Além destes sintomas, o baço, que é um órgão responsável pela produção de células de defesa, localizado do lado superior esquerdo do abdome, pode ser atingido pelo linfoma e ficar inchado e provocar dor, e além disso, quando um linfonodo fica muito aumentado, pode pressionar um nervo da perna e causar dormência ou formigamento.

Quais são as causas

As causas do linfoma ainda não são bem definidas, mas pessoas acima de 60 anos são mais propensas a desenvolver linfoma não-Hodgkin. Outros fatores que também podem estar associados ao surgimento do linfoma são infecções pelo vírus HIV, pelo vírus Epstein-Barr, que provoca mononucleose, HTLV-1, que é responsável por certos tipos de hepatite, e infecção pela bactéria Helicobacter pylori, que pode ser encontrada no estômago.

Além disso, ter alguma doença que provoca imunidade baixa, ter alguma doença auto-imune, como o lúpus ou doença celíaca, assim como, trabalhar em locais com muita exposição a produtos químicos, como pesticidas, podem ter influências no surgimento do linfoma.

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