Qual o verdadeiro motivo dos ataques no Ceará

Qual o verdadeiro motivo dos ataques no Ceará Quantos ataques já ocorreram? Onde foram?

Desde a noite de quarta-feira (2), ocorreram 115 ataques. A onda começou em Fortaleza, foi para a Região Metropolitana e também se espalhou pelo interior do estado. Qual o verdadeiro motivo dos ataques no Ceará?

Leia mais: 13 comportamentos que pessoas controladoras exibem no relacionamento

Já são 33 cidades com registros de ações criminosas: Fortaleza, Tianguá, Pacatuba, Horizonte, Maracanaú, Caucaia, Pindoretama, Eusébio, Morada Nova, Marco, Jaguaruana, Canindé, Piquet Carneiro, Morrinhos, Aracoiaba, Limoeiro do Norte, São Gonçalo do Amarante, Baturité, Juazeiro do Norte, Guaiúba, Acaraú, Massapê, Pacajus, Ibaretama, Icapuí, Pacoti, Sobral, Jijoca de Jericoacoara, Quixadá, Tabuleiro do Norte, Varjota, Barroquinha e Iguatu

Qual o verdadeiro motivo dos ataques no Ceará

Há vítimas?

Dois suspeitos foram mortos durante uma troca de tiros com a polícia ao tentar incendiar um posto do Detran em Fortaleza, na madrugada de domingo (6). Um policial militar também foi atingido no braço no confronto.

Outras quatro pessoas ficaram levemente feridas em ataques incendiários. Um casal de idosos e um motorista sofreram queimaduras em um ataque em Fortaleza, e um motorista ficou ferido em Sobral.

O que motivou os ataques?

A Secretaria da Segurança e Defesa Social do Ceará não se pronunciou oficialmente sobre o motivo dos ataques no estado.

O presidente do Conselho Penitenciário do Estado do Ceará, Cláudio Justa, afirma que os atentados são uma represália à fala do secretário de Administração Penitenciária (SAP), Mauro Albuquerque, sobre maior rigor na fiscalização dos presídios. O secretário afirmou também que “o Estado não deve reconhecer facção” em presídios.

Em pixações em prédios públicos de Fortaleza, criminosos escreveram que “não vão parar até o secretário sair”. “Fora Mauro Albuquerque”, diz a mensagem.

Atualmente, os membros de facção presos no Ceará são organizados nas unidades prisionais conforme o grupo criminoso a que pertencem. O secretário afirmou que pretende acabar com essa divisão.

Qual o verdadeiro motivo dos ataques no Ceará

De acordo com uma fonte do Serviço de Inteligência da Secretaria da Segurança ouvida pelo G1, membros de duas facções rivais fizeram um “pacto de união”, com o objetivo de “concentrar as forças contra o Estado”.

A ordem dos ataques partiu de um detento da Unidade Prisional Agente Luciano Andrade Lima (antiga CPPL I), na tarde de quarta-feira, segundo a fonte do Serviço de Inteligência. No dia seguinte, agentes penitenciários fizeram uma vistoria “surpresa” na unidade, o que resultou em um motim dos presidiários. A revolta foi controlada no mesmo dia e nenhum detento fugiu.