PROCON de Lauro de Freitas recomenda que escolas reduzam mensalidades e não cobrem juros e multas

A redução no valor das mensalidades de unidades de ensino que tiveram queda nos custos de manutenção, em decorrência da suspensão das aulas presenciais devido à pandemia do COVID-19, e não cobrança de juros e multas por atrasos no pagamento multas de mensalidades. Essas foram algumas das recomendações feitas pelo Procon municipal ao Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado da Bahia – SINEPE/BA, em reunião realizada em Lauro de Freitas nesta quarta-feira (29).

ALERTA: Pico para o COVID-19 em Lauro de Freitas no mês de junho

Na recomendação, o Procon, órgão ligado à Procuradoria Geral do Município (PGM), orienta que uma vez constatada a redução dos custos, os estabelecimentos educacionais de ensino fundamental, médio e superior, apresentem uma proposta de revisão contratual. Em caso de não concordância por parte dos consumidores, os contratos poderão ser rescididos sem nenhum custo.

De acordo com a coordenadora geral do Procon municipal, Naydmüller Dias, a ação atende a solicitação dos consumidores. “Temos recebido muitas demandas dos consumidores solicitando informações, e relatando a não flexibilização das escolas no que diz respeito à redução do valor das mensalidades, que entendemos ser possível, pois elas não terão custos com contas de água, luz, material de higiene, limpeza, entre outros.”

PUBLICIDADE

PROCON de Lauro de Freitas

A coordenadora ressaltou ainda que o documento entregue ao sindicato não é impositivo, por não haver legislação pertinente, mas o órgão aposta no bom senso e na boa fé.

“Entendemos que este momento é delicado para todos, mas temos que dar esta resposta à sociedade.

Estamos buscando a harmonização das relações, por isso temos orientado os consumidores a não rescidirem os contratos e buscarem o diálogo, mas temos que ter a contraprestação das escolas”

As recomendações foram bem recebidas pelo SINEPE/BA. “Todas estas recomendações serão publicadas em nosso site, e enviadas às escolas, recomendando as orientações do Procon”, declarou a presidente do sindicato, Maria Augusta Oliveira Sena, que também falou sobre algumas dificuldades enfrentadas pelos estabelecimentos. “Algumas escolas não estavam preparadas, nem todas tinham plataforma digital, e tiveram custos para se adequarem a esta nova realidade”.

De acordo com a presidente, os alunos não vão perder o conteúdo, pois as escolas estão disponibilizando as aulas remotamente, e as mesmas serão complementadas assim que as aulas presenciais sejam retomadas. O Procon orientou ainda que as escolas restituam os consumidores do valor das mensalidades correspondentes às disciplinas que não permitam o modelo remoto de ensino.