PM que agrediu jovem

PM que agrediu jovem nega agressão

O soldado Laércio Sacramento, suspeito de agredir um jovem durante uma abordagem no bairro de Paripe, no subúrbio ferroviário de Salvador, prestou depoimento à Polícia Militar na noite desta terça-feira (4). PM que agrediu jovem nega.

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No depoimento, o soldado, que foi afastado das ruas e cumprirá expediente administrativo até o fim das investigações, também disse que vai aguardar a apuração da Corregedoria da PM.

Em entrevista a TV Bahia, o comandante-geral da PM, Anselmo Brandão, disse que o soldado vai ser punido somente no final das investigações. Ainda de acordo com Anselmo é muito cedo pra dizer se o caso vai resultar em uma advertência ou demissão.

Uma abordagem policial em Salvador terminou com murros e chute dados nas costas de um jovem negro, além de insultos racistas por parte de um PM. A ação foi gravada no último domingo (2) de dentro de um imóvel, no bairro de Paripe, no Subúrbio Ferroviário de Salvador, sem que os policiais envolvidos na abordagem percebessem, e divulgadas nas redes sociais na tarde desta segunda-feira (3). PM esmurra e faz insultos…

Nas imagens, que serão analisadas pela Corregedoria da corporação (ver mais abaixo), um policial esmurra o adolescente de 16 anos que estava sendo revistado ao lado de um homem.

Na abordagem truculenta, o policial retira a boina do rapaz, que usa cabelo no estilo black power, e a joga no chão. Ao ouvir o rapaz dizer que é trabalhador, o PM retruca:

“Você pra mim é um ladrão. Você é vagabundo! Essa desgraça desse cabelo. Tire aí [o chapéu], vá! Essa desgraça aqui. Você é o quê? Você é trabalhador é, viado?”

Em entrevista nesta terça-feira, o rapaz disse que deseja “cortar o cabelo agora” por conta do trauma e da possibilidade de o PM reconhecê-lo e fazer algo pior após a repercussão do caso.

Durante os ataques, o PM é chamado por um colega, que não aparece nas imagens, para deixar o local.

O vídeo começou a viralizar depois que diversos perfis começaram a compartilhar a gravação. Um deles foi o ativista social Raull Santiago, criador e integrante do Coletivo Papo Reto, grupo com sede no Rio de Janeiro que atua na denúncia de violações de direitos humanos especialmente nas comunidades carentes do país.