Lauro de Freitas: distribuição de entrevistados em bairros como Buraquinho levanta suspeitas sobre a representatividade da pesquisa eleitoral.
por Léo Barros
Recentemente, uma pesquisa da Atlas Intel divulgou dados que causaram estranheza entre os eleitores de Lauro de Freitas. A pesquisa, que mostra Débora com mais de 60% das intenções de voto e Rosalvo com mais de 30%, foi baseada em entrevistas com 869 pessoas. Até aí, tudo bem, mas um detalhe curioso chamou atenção: o bairro de Buraquinho teve o maior número de entrevistados, com 138 pessoas, seguido por Itinga com 136, e o Centro com apenas 125. Essa distribuição gera questionamentos, considerando que Itinga, de longe, tem muito mais eleitores do que Buraquinho, e inclusive supera o eleitorado de alguns municípios baianos.
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A situação levanta dúvidas sobre a metodologia da pesquisa. Se a amostra foi construída para representar proporcionalmente o eleitorado de Lauro de Freitas, por que Buraquinho, um bairro de menor densidade populacional, teria mais entrevistados do que Itinga e o próprio Centro da cidade? Seria Buraquinho o maior colégio eleitoral da cidade? A discrepância entre os números levanta questionamentos sobre a real representatividade da amostra e a possível influência de variáveis como sexo, escolaridade e nível econômico, que também fazem parte da pesquisa.
Mas o que justifica essa concentração de entrevistados em Buraquinho? A diferença de representatividade entre bairros é significativa e pode influenciar diretamente nos resultados. Embora a pesquisa leve em conta diversas variáveis para tentar refletir o eleitorado como um todo, a questão geográfica parece destoar da realidade do município. Itinga, com sua população expressiva, aparece em segundo plano, enquanto o Centro de Lauro de Freitas, tradicionalmente importante, figura apenas na terceira posição.
Se a amostra fosse verdadeiramente proporcional ao eleitorado, estaríamos diante de uma surpreendente revelação: Buraquinho seria, de fato, o maior colégio eleitoral da cidade? Esse dado contradiz o que é de conhecimento público sobre a distribuição populacional e eleitoral em Lauro de Freitas.
E a pergunta que não quer calar: como a Justiça Eleitoral aceitou esses dados? Será que algum órgão fiscalizador se deu ao trabalho de analisar essa pesquisa mais a fundo, ou será que essas variáveis tão distorcidas passaram despercebidas? Até o momento, apenas observando o recorte de entrevistados por bairro, as incoerências saltam aos olhos. É preciso questionar, investigar e buscar a íntegra desse levantamento para compreender melhor suas implicações e o impacto que poderá ter nas eleições municipais.
Fica o alerta: dados são importantes, mas devem refletir a realidade.
Sugestão de pesquisa imparcial:
Para garantir uma análise justa e precisa do cenário eleitoral em Lauro de Freitas, recomenda-se que a pesquisa futura siga um método de amostragem rigoroso, com base em dados oficiais de eleitores registrados por bairro, garantindo uma representatividade proporcional. A distribuição de entrevistados deve refletir com exatidão a densidade populacional e o colégio eleitoral de bairros como Itinga, Centro e Buraquinho, que possuem realidades socioeconômicas distintas. A inclusão de variáveis como gênero, escolaridade e nível econômico deve também ser ajustada de forma transparente e acessível ao público, com revisão por especialistas independentes para assegurar que os resultados sejam fidedignos e que não haja distorções na percepção dos eleitores.
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