Orca carrega filhote morto por 17 dias

Orca deixa corpo de filhote morto após 17 dias carregando animal

Pesquisador afirmou ao ‘The Seattle Times’ que orca não está desnutrida e vai se recuperar.

Tahlequah, a mãe orca que chamou atenção por carregar seu filhote morto durante 17 dias no mar, não está mais carregando o corpo. Segundo o jornal “The Seattle Times”, a orca foi vista por pesquisadores no sábado (11) nadando sem o corpo e junto de outras orcas.

Tahlequah faz parte de um grupo de orcas monitorado por pesquisadores. Ela é conhecida como J35.

“J35 passou pela minha janela hoje com outras baleias J, e ela parece vigorosa e saudável”, escreveu Ken Balcomb, diretor fundador do Center for Whale Research, em um e-mail ao “The Seattle Times”.

“A provação dela carregando um filhote morto por pelo menos 17 dias e 1.600 quilômetros agora acabou, graças a Deus”, disse Balcomb.

Balcomb disse que J35 provavelmente perdeu dois outros filhotes desde que deu à luz um filhote em 2010.

A perda do filhote mais recente “pode ​​ter sido emocionalmente difícil para ela”, disse Balcomb. “Ela está viva e bem e superou essa parte de sua dor. Hoje foi o primeiro dia que eu com certeza a vi. Não está mais lá.”

J35 não mostrou sinais de “cabeça de amendoim”, uma condição que revela a desnutrição em uma orca, quando ossos do crânio começam a aparecer. “Ela está comendo”, disse Balcomb.

A falta de comida também está ligada ao fracasso destas orcas em não conseguirem se reproduzier normalmente há três anos.

“A razão pela qual J35 perdeu o bebê e os outros estão perdendo seus bebês é que não há salmão suficiente”, disse Balcomb sobre a principal fonte de alimento das orcas. “Espero que façamos algo sobre isso.”

Grupo corre perigo de extinção

Estas orcas residentes do sul do Canadá e dos Estados Unidos correm risco de extinção. Elas dependem para alimentação do salmão-rei, que esteve em grave declínio nos últimos anos.

A comunidade, que tem cerca de 75 indivíduos, é frequentemente encontrada perto da ilha de Vancouver, no Canadá, e nas águas marítimas do Estado de Washington, nos EUA.

Pesquisas indicam que só cerca de um terço das orcas nascidas nos últimos 20 anos sobrevivem.