O Rappa: Falcão anuncia que irá fazer carreira solo, ‘Vou seguir meu caminho’

O Rappa será a quinta atração do primeiro dia do Festival de Verão 2017.

Sete meses após comunicar que a banda “O Rappa” irá fazer uma pausa na carreira ‘sem previsão de volta’, a partir de fevereiro de 2018, o vocalista Marcelo Falcão anunciou no Festival de Verão de Salvador, neste sábado (16), que irá seguir carreira solo. “Vou seguir meu caminho”.

Ele disse que não sabe quando a carreira solo será iniciada, mas destacou ao G1 que a fase será uma ótima oportunidade não só para ele, como também para os demais integrantes que devem investir em novos projetos, ‘mostrarem os talentos individuais’.

Sobre a pausa sem previsão de retomada, Falcão diz que todos precisavam desse momento para respirar.

“É uma pausa como outra que já fizemos, só que dessa vez tem algo diferente. A gente precisa dar uma respirada. Conversamos e achamos por bem cada um seguir seu caminho. Chegaram a dizer que eu iria encerrar a carreira, que eu ia parar de cantar. Mas a música está na minha vida, vou continuar fazendo música”.

Com 24 anos de carreira, 12 CDs e cinco DVDs, essa será a segunda parada oficial do grupo. A primeira foi em dezembro 2009, durante a turnê do disco “Sete Vidas”. Longe dos palcos por exatos 22 meses na época – retornando em outubro de 2011 – os integrantes se dedicaram a projetos pessoais. Para Falcão, parafraseando “Mar de Gente”, “navegar é preciso, senão a rotina te cansa”.

O Rappa

O Rappa é uma banda brasileira criada em 1993, para acompanhar o cantor caribenho Papa Winnie em turnê pelo Brasil. Logo, o grupo formado por Marcelo Yuka, Marcelo Lobato, Xandão e Nelson Meirelles passou a criar seu próprio som, de início com rock e depois incorporando elementos do samba, rap e MPB. No ano seguinte chegava ao grupo o vocalista Marcelo Falcão.

O primeiro trabalho do Rappa foi lançado em 1994, com músicas de forte impacto social, o que caracterizou o estilo da banda. Em 1996, foi lançado o CD “Rappa Mundi”, que fez sucesso com várias músicas, entre elas, “Pescador de Ilusões”, com o refrão “Valeu a pena eh, eh, valeu a pena” eh, eh. Nessa época o baixista Nelson Meirelles foi substituído por Lauro Farias.

Em 1999 o Rappa lança “Lado B Lado A. Nessa época, o Rappa junto com o grupo Afro Reggae, cria o projeto “Na Palma da Mão”, revertendo uma parte da renda do disco para programas educacionais para jovens carentes. Em 2000, com o clipe da música “Minha Alma” venceu o VMB com os prêmios: Melhor direção, Edição, Fotografia, Clipe do Ano e Escolha da Audiência. No ano seguinte “O Que Sobrou do Céu” venceu nas categorias Clipe do Ano, Melhor Direção e Fotografia.

No final do ano 2000, Marcelo Yuka foi vítima da violência ao tentar impedir um assalto, acabou baleado o que o levou a ficar paraplégico. Afastado dos palcos, ele continuou compondo e trabalhando em estúdio. Em 2001, O Rappa lançou “Instinto Coletivo”, o primeiro disco ao vivo da banda. No final de 2001, Yuka sai da banda para seguir a carreira solo e o Rappa se transforma em quarteto.

Em 2005 o Rappa lançou o Acústico MTV que levou dois prêmios Mltishow, como Melhor Grupo e Melhor Show. No ano seguinte o Acústico recebeu o prêmio de Melhor DVD e é indicado para o Grammy Latino como o Melhor Disco de Rock Brasileiro e Melhor Performance, em Vídeo Longo. Em 2008, o grupo lança “7 Vezes” e em 2009 “O Rappa ao Vivo” que é gravado numa garagem desativada, na comunidade da Rocinha, e em 2013 lançam o álbum “Nunca Tem Fim”.

G1