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Decisão de Bolsonaro sobre manter visita a Vladimir Putin é correta, avalia Celso Amorim sobre a visita do presidente do Brasil à Rússia,

Ex-chanceler dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o diplomata Celso Amorim disse que está “correta” a posição do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL) em não desistir da viagem à Rússia por conta da pressão de outros países.

Em entrevista na sexta-feira 18 ao programa Poder em Pauta, Amorim avaliou que é possível questionar os objetivos de Bolsonaro na Rússia, o seu comportamento durante a visita e os motivos para o presidente Vladimir Putin convidar o chefe de Estado brasileiro, mas isso seria diferente de concordar com uma eventual desistência por determinação de atores estrangeiros.

“Não cabe a outro país ou a outra potência dizer se a gente vai ou não vai”, declarou o ex-ministro. “Quais são os objetivos do Bolsonaro é uma outra questão. Julgar o que ele fez, se foi bom, se ele se portou como um estadista, podemos discutir. Mas eu acho que a decisão de ir, uma vez que ele já tinha estabelecido, é correta.”

Amorim também disse que não considera que a viagem do presidente era estratégica, mas ressaltou que “o Brasil é um país soberano” para manter a agenda. “Você pode se perguntar por quê que a Rússia convidou o Bolsonaro agora e quais os objetivos do Bolsonaro. Agora, renunciar porque sofreu pressão de fora, eu não estaria de acordo”, afirmou o ex-chanceler de Lula.

As declarações de Amorim ocorreram no dia em que em relação à Rússia. A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, declarou que “o Brasil está do lado oposto ao da maioria da comunidade global”. No sábado 19,o governo brasileiro rebateu as críticas de Washington

. O Ministério das Relações Exteriores disse que “lamenta” o teor da declaração da porta-voz americana e classificou a posição de “extrapolação”, O Ministério das Relações Exteriores lamenta o teor da declaração da porta-voz da Casa Branca a respeito de pronunciamento do Senhor Presidente da República por ocasião de sua visita à Rússia”, diz nota.

Na sequência, a pasta disse que as considerações da Casa Branca não são “construtivas, nem úteis”. As posições do Brasil sobre a situação da Ucrânia são claras, públicas e foram transmitidas em repetidas ocasiões às autoridades dos países amigos e manifestadas no âmbito do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU). O Ministério das Relações Exteriores não considera construtivas, nem úteis, portanto, extrapolações semelhantes a respeito da fala do Presidente”, afirma o texto.

A visita de Bolsonaro ao Kremlin ocorreu na quarta-feira 16, em meio a um conflito diplomático entre Putin e a Organização do Tratado do Atlântico Norte, a Otan, que busca se expandir militarmente para a Ucrânia, na fronteira com a Rússia. acusa Moscou de planejar uma invasão ao território ucraniano, mas o presidente russo nega a intenção e culpa a Otan por não cumprir acordo de interromper a sua proliferação na região.

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